As associações que representam os patrões do transporte “público” em Porto Alegre solicitaram na última sexta mais um aumento nas tarifas dos ônibus da cidade.
Alegando “muitas isenções”, aumento nos preços dos combustíveis e até o dissídio das/os rodoviárias/os, os barões dos ônibus encaminharam à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) um pedido de reajuste de 12% no valor pago pelas/os usuárias/os na cidade. Dos atuais R$ 4,05, o preço para passar a roleta passaria a ser de R$ 4,54.
Em Julho passado, a Prefeitura de Marchezan, a serviço dos patrões do transporte, tentou extinguir o direito à segunda passagem gratuita, mas foi barrado pela Justiça. Um outro pacote de medidas enviado por Marchezan à Câmara dos Vereadores previa extinção de uma série de gratuidades, entre elas a de pessoas idosas entre 60 e 65 anos, mas fracassou depois de mobilização da sociedade.
Enquanto culpam estudantes, idosas/os e pessoas com deficiência pelo aumento anual das tarifas, os empresários descumprem o acordado na licitação, que previa, entre outras coisas, renovação da frota e incorporação de 160 novos veículos com ar-condicionado até 22 de Fevereiro.
As empresas, que se organizam como verdadeiro cartel no transporte da capital, dizem que não há prazo para o cumprimento desta obrigação, mas seguem solicitando aumentos anuais do valor da tarifa.
A EPTC vai analisar o pedido de reajuste e encaminhar para o Conselho Municipal de Transporte, o COMTU, mas não tem data para dar uma resposta final.