Texto das Mulheres na Resistência – RJ, Resistência Popular Estudantil – RJ e Movimento de Organização de Base – RJ
Na segunda-feira (9), o coletivo Mulheres na Resistência, a Resistência Popular Estudantil e o Movimento de Organização de Base estiveram presentes no ato do Dia Internacional de Luta das Mulheres no Rio de Janeiro.
Carregando a frase “Mulheres na luta por vida digna”, o bloco expôs uma perspectiva de luta que deve combater as opressões de gênero, raça e classe naquilo que mais diretamente afeta e oprime as/os mais pobres. A mensagem foi de que a luta por uma vida digna, no momento em que o custo de vida fica mais caro e as condições de trabalho só pioram, é uma luta na qual as mulheres devem estar na linha de frente.
São as mulheres que, muitas vezes, que arcam com todos os custos do lar, trabalham dobrado (em casa e fora de casa) para receber menos e ter menos direitos. O desemprego e os baixos salários fazem com que o aumento no preço do gás, do transporte, da alimentação, da moradia, ou seja, o aumento do custo de vida, afetem direta e agressivamente a vida das mulheres em uma situação insustentável.
São as mulheres as que mais sofrem as consequências dos cortes de serviços sociais, as primeiras a serem demitidas, as que são alvo da violência patriarcal cotidiana mas também as que participam e dão vida à realidade comunitária dos bairros, favelas e ocupações. Oferecendo solidariedade a outras mulheres em situação de violência doméstica, aos vizinhos e vizinhas nas dificuldades do dia a dia, a construir redes de apoio mútuo e lidar com a violência de Estado e a falta de direitos. Neste sentido, lutar contra o aumento do custo de vida e por uma vida digna é também uma luta de gênero, raça e classe!