Descaso, intimidação e fiscalização no trabalhador em Joinville

Vivemos um momento conturbado e que exige cuidados, perante o COVID-19, o coronavírus. O governo decretou diversas medidas de restrição de circulação de pessoas fechando praticamente todas as atividades econômicas. Aqui em Santa Catarina, apenas serviços como postos de combustíveis, farmácias e mercados, seguem funcionando, além disso as indústrias devem diminuir o número de funcionários para 30%. As polícias fazem fiscalizações e já encontraram bares, uma lavação e uma empresa de cobranças abertos, estas foram notificados. Se seguirem abertos, podem ser interditados conforme o decreto do governador Moisés publicado na quarta dia 18.

Os serviços de transporte público também foram suspensos, tanto o urbano, quanto o intermunicipal e interestadual. Porém para os profissionais da saúde as empresas que controlam o transporte na cidade Gidion e Transtusa criaram linhas especiais: Saúde Pirabeiraba, Saúde Leste e Saúde Norte/Sul. Os ônibus estarão identificados com esta nomenclatura e circularão entre os horários de 5h20 às 8h10, das 11 h às 14 h e das 16 h às 00h40. Mais informações a respeito das rotas e dos horários disponíveis estão disponíveis neste link.

Descaso com a saúde dos e das debaixo

Descaso com a saúde dos e das debaixo. Há denúncias de que uma grande empresa de Joinville, em SC, do ramo de eletrodomésticos, além de não cumprir o decreto ainda colocou fiscais para ficar de olho nos empregados para estes não tirarem fotos ou realizarem alguma denúncia contra a empresa.

Whirlpool Eletrodomésticos

A empresa possui mais de sete mil funcionários, nove linhas de produção, sendo que sete em funcionamento normal, na média 200 pessoas em cada uma e tem três turnos.

Durante este difícil momento em que estamos foram tomadas algumas medidas como: talheres ensacados, maior tempo entre os grupos na hora do almoço, álcool na entrada da fábrica e dentro o tipo 95% puro que faz mal ao corpo.

Mesmo aumentando o tempo entre os grupos que vão para a sua refeição, vários relatos confirmam que as filas ainda são enormes. Como se não bastasse estas medidas de pouca eficácia, há outros problemas como a corrosão das mãos do pessoal que trabalha com produtos fortes como o vedante de solda Lock, devido ao tipo de álcool que faz mal.

Para levar o pessoal para os postos de trabalho os meios de transporte funcionam normais.

Fiscalização e Intimidação dos Funcionários

Fiscais na empresa

Há relatos graves de fiscalização e intimidação por parte de fiscais e supervisores que passam também orientando os colaboradores, os mesmos se sentem muito intimidados. Após o fazerem os supervisores se recolhem para as suas salas isoladas e higienizadas.

Outras empresas como Tigre e Dohler, de Joinville, também estão funcionando normalmente. Isso demonstra a total falta de prioridade com a saúde dos que produzem e dão renda aos patrões, neste cenário caótico, aonde os casos do vírus estão se espalhando pelo país, é uma necessidade as indústrias pararem, pois é uma questão de saúde pública.