Nas décadas de 1990 e 2000, as organizações de direitos humanos, movimentos sociais e o Fórum de Mulheres de Joinville (FMJ) lutaram pela criação de um espaço público que atendesse mulheres vítimas de violência machista. Depois de muita luta popular, a Casa Abrigo Viva Rosa (CAVR) foi conquistada.
O espaço carrega o nome em homenagem a Rosa do Pé Inchado, uma senhora que tinha um problema no pé e caminhava pelas ruas centrais de Joinville (SC). O endereço do abrigo secreto, apenas a equipe técnica e concursada tem conhecimento. Tudo pelo segurança das vítimas.
Com os cortes no orçamento, a estrutura física da CAVR não será suficiente para atender a demanda, essa é a única opção para muitas mulheres vítimas de violência, que em sua grande maioria são pobres.
A Prefeitura Municipal de Joinville (PMJ) pretende terceirizar os serviços realizados pela Casa Abrigo. Uma Organização Não Governamental (ONG) ligada às Igrejas Cristãs deve assumir a gestão da CAVR, caso seja privatizada, de fato. As ONGs são conhecidas por pagar péssimos salários e não oferecer os recursos de qualidade trabalhista, além da rotatividade de funcionários.
Os perigos da terceirização da CAVR:
- Queda da qualidade dos serviços
- A rotatividade de funcionários coloca em risco a segurança da casa
- Falta da perspectiva laica no trabalho da assistência social
- O lucro de instituições religiosas com o dinheiro público.
É fundamental que, nesta terça-feira (1), todas e todos marquem presença na audiência pública, realizada na Câmara de Vereadores de Joinville, às 19h30, em defesa da Casa Abrigo Viva Rosa Pública, Gratuita e de Qualidade.