O Repórter Popular do Rio de Janeiro foi as ruas hoje para cobrir o primeiro dia do breque dos entregadores de aplicativos em Niterói, São Gonçalo e Região Oceânica. Estivemos desde de manhã em Niterói acompanhando o movimento que brecou mais de 10 estabelecimentos nos bairro de Icaraí e Centro. Grandes franquias como Bibi Sucos, MC Donald’s, Burger King, Padaria Santa Marta e até o Plaza Shopping tiveram suas entregas paralisadas. Foi massiva a adesão de entregadores que já sabiam da greve e, mesmo aqueles que souberam na hora, aderiram ao breque. A todo momento as pessoas que passavam perto perguntavam e quando sabiam do que se tratava, logo apoiavam as pautas dos entregadores.
É evidente saber que um dos setores mais essenciais nessa pandemia foram os entregadores. Em contrapartida, foi a categoria que mais sofreu com a precarização das condições de trabalho e remuneração, o que é agravado com o aumento exorbitante e injustificável dos alimentos, do gás, da luz, do aluguel, etc.
Portanto, as reivindicações dos trabalhadores são o aumento das taxas de entrega, transparência do motivo do bloqueio, a abertura de um canal de comunicação da categoria com representantes do Ifood, Rappi e UberEats.
Com o aumento dos combustíveis, óleo, peças das motos e, nas bikes, recebendo 6 reais por 2 a 3 entregas realizadas, no final das contas, os trabalhadores “pagam para trabalhar”. Sem direitos, estão desamparados se sofrerem acidente ou se forem assaltados. O que reinvidicam é o mínimo de dignidade para fazer seu trabalho.
A categoria sinaliza que é muito importante a união e a necessidade de se colocar no lugar do entregador que sustenta a família através do aplicativo. Portanto, é essencial o aumento da solidariedade de todos, apoiando e somando no movimento. Avisaram que a luta só vai parar quando forem ouvidos!
