Em meio aos ataques à previdência dos servidores de Cachoeirinha, governo municipal comandando pelo prefeito Miki Breier (PSB) é alvo de investigação do Ministério Público por fraude em licitações, desvio de verba pública, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Enquanto acampavam em frente à prefeitura em vigília pela defesa da previdência, companheiros e companheiras do Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (Simca) foram surpreendidos com ação do Ministério Público e Polícia Militar contra o executivo municipal. Os agentes compareceram ao local para cumprir mandados de busca e apreensão de documentos e celulares para averiguar suposta fraude de contratos entre a prefeitura e a empresa SKM, a mesma que corriqueiramente atrasa salários das trabalhadoras terceirizadas, bem como vale alimentação e transporte. Miki Breier teve o celular apreendido pelo MP.
A empresa SKM, contratada pelo município desde 2017, quando Miki Breier assumiu seu primeiro mandato, já foi alvo de uma CPI no município, quando já se suspeitava de fraudes contratuais. Com o arquivamento da CPI pela base governista, os demais parlamentares remeteram os documentos da investigação à Procuradoria de Prefeitos do Ministério Público que, com a “Operação Proximidade” em curso, teve autorizadas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça as buscas no executivo municipal.
Enquanto tenta patrolar mais direitos dos servidores públicos municipais – ativos e aposentados – com uma reforma da previdência sob a justificativa de crise econômica, o governo PSB/Miki Breier, através do Secretário de Infraestrutura Carlos Leonardo Charão (vice-presidente do PSD de Cachoeirinha), promove fraudes em contratos que chegam ao custo de 1,5 milhão por mês e com o desvio de até 45% do valor, segundo o MP.
Enquanto se explicam sobre uma fraude, tentam aprovar outra, com projetos que visam legalizar o uso do dinheiro investido na previdência dos servidores pelo executivo, pra cobrir negociatas desse tipo. Sempre dobrando a aposta, igual ao governo Bolsonaro.
A Operação Proximidade investiga a aproximação entre o Secretário de Infraestrutura e os gestores da SKM e os crimes investigados são corrupção ativa e passiva, desvio de verbas públicas, dispensa indevida de licitação, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Além de Cachoeirinha, foram cumpridos mandados em Gravataí, Porto Alegre e Curitiba, onde fica a sede da SKM (com informações de Zero Hora) O momento é de resistência e pressão da categoria em defesa da previdência.
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