Em luta histórica servidores municipais de São Paulo se utilizam de várias táticas contra os ataques de Ricardo Nunes

   Por Repórter Popular – São Paulo

Servidores municipais de São Paulo continuam em greve desde o mês passado quando foi anunciada a votação do PLO 07/2021. Entre outras coisas, esse projeto visa estender o tempo de contribuição para aposentadoria e confisca o salário dos aposentados – que passarão a ter descontos de 14% na folha, além de aumentar muito o tempo para a contribuição.

Na verdade os servidores municipais denunciam o projeto de desmonte do serviço público, primeiramente atacando os trabalhadores. A comissão que analisou o projeto também revela a irregularidade da proposta, feito às pressas com informações e dados equivocados sobre a contribuição e o fundo de aposentados do município, o que gerou denúncias de advogados e equipes jurídicas. Mesmo assim a maior parte dos vereadores, fechados com Ricardo Nunes (MDB) e com interesses obscuros de banqueiros, votou o projeto em primeira sessão no dia 14/10.

Desde lá, e também enfrentando outros projetos que visam tirar direitos de faltas e férias dos servidores, o conjunto de trabalhadores do município fazem luta histórica na cidade de São Paulo. Mesmo com o cansaço do final do ano e de uma greve de mais de 100 dos educadores no primeiro semestre, muitos servidores continuam em greve, realizaram paralisações semanais em frente à Câmara e fizeram atos locais em bairros periféricos. Trabalhadores da base sindical, que enfrentam a burocracia das entidades, também realizaram comandos de greve nas unidades de trabalho, conversaram com a população dos bairros e do centro da cidade e também produziram material nas redes sociais.

Além disso, alguns desses trabalhadores continuam acampados em frente à Câmara, realizando leituras compartilhadas, saraus, debates, reuniões e enfrentando perigos de opositores políticos, como membros do MBL que importunam o acampamento.

Outra ação memorável foi quando, em ato importante no dia 03/11, mulheres servidoras também se amarram no portão da Câmara para simbolizar a “corda no pescoço” em que estão.

Na quarta-feira, 10/11, servidores marcaram uma nova paralisação e ato em frente à Câmara Municipal de São Paulo, onde convidam toda a sociedade para protegerem o trabalho e os trabalhadores públicos. Contribua com essa luta e veja algumas imagens dessa trajetória: