Na comunidade do Parolin, a tarde da última sexta-feira (25 de setembro) foi marcada por gritos e faixas pedindo justiça e o fim da violência policial. O ato marcava o 1 ano da data em que a Polícia Militar assassinou os jovens Gustavo Bueno (14 anos), Felipe Bueno (16 anos), Elias Pires (17 anos) e Eduardo Augusto (21 anos). Familiares, vizinhos e movimentos sociais saíram em marcha pelas ruas do bairro, denunciando a brutalidade que atinge as periferias brasileiras e em memória aqueles e aquelas que tiveram suas vidas violentamente interrompidas pelas mãos do Estado.
Foto: Marihu Aires
Ato mobilização marcava 1 ano sem respostas por parte do poder público. Dois dias antes do ato, muito provavelmente por conta das mobilizações, saíram algumas notícias em relação ao andamento do caso: o Ministério Público lançou denúncia contra os policiais sugerindo homicídio qualificado e o afastamento cautelar dos policiais, pois foram realizados disparos queima roupa quando os jovens não tinham qualquer possibilidade de reação.
Todos os PM’s envolvidos já possuem outros inquéritos policiais por homicídio, mas nenhum destes chegou ao nível de denúncia. Além de inquéritos por homicídio, nas fichas destes policiais constam inquéritos por outra infrações, como constrangimento ilegal lesões corporais, apropriação de quantia durante operações etc.
As familiares pretendem seguir com as mobilizações, aumentando a rede entre familiares e amigos das vítimas da violência policial.
O grito por justiça seguirá ecoando.
Felipe Bueno, presente!
Gustavo Bueno, presente!
Elias Pires, presente!
Eduardo Augusto, presente!
