Dia de zumbi é marcado por ato em madureira e debates

Repórter Popular – RJ

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, mais uma vez os atos antirracistas marcaram o cenário político brasileiro. Eles tem sido fundamentais para a retomada das ações de rua durante toda a pandemia e tem apresentado uma importante resposta à política de genocídio ao povo negro.

A manifestação começou no Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, a partir das 13h, marchando até o Parque Madureira e encerrando-se às 16h. Os manifestantes e grupos presentes honraram a memória não só das grandes figuras históricas da luta negra, mas de todos aqueles que perderam suas vidas por serem negros/as num sistema racista.

Ao contrário dos últimos atos nacionais Fora Bolsonaro, partidos de centro-direita e direita não se fizeram presentes, delimitando bem com quem a esquerda deve marchar lado a lado. Além disso, é notório que grande parte da própria esquerda dê menos prioridade às manifestações que ocorrem nas periferias da cidade, e são tão fundamentais para dialogar com o povo.

A Campanha de Luta por Vida Digna do Rio de Janeiro se fez presente, agitando seu bloco na manifestação e se somando ombro a ombro com os movimentos sociais e lutadores/as presentes.

Antes do ato, os grupos que compõe a campanha se reuniram no Centro de Cultura Social (CCS-RJ) e debateram sobre como a estrutura racista do nosso país foi forjada através da colonização, da escravidão e do massacre, e como a política neoliberal e a doutrina de choque dos últimos governos tem afetado mais diretamente o povo negro.

Apostando em uma saída através dos de baixo, construída através da solidariedade, da organização popular e da luta combativa, a Campanha reafirmou seu compromisso em permanecer mobilizada, aliando o trabalho social nos espaços de moradia, estudo e trabalho à mobilização nas ruas.