DENÚNCIA l Assédio e meio salário aos trabalhadores da rodoviária de Porto Alegre RS

Foto de capa: Kathlyn Moreira / Agência RBS

Por Repórter Popular RS

O Repórter Popular recebeu denúncias por parte de trabalhadoras e trabalhadores da Rodoviária de Porto Alegre, administrada pela empresa VEPPO. Após as enchentes de maio de 2024, que gerou danos inestimáveis para a população afetada em suas casas e na de familiares e amigos, a empresa pratica assédio e faz descaso com as dificuldades econômicas das pessoas trabalhadoras.

DENÚNCIA – EMPRESA VEPPO suspende pagamento integral do salário e assedia funcionários

Nessa sexta-feira, dia 7 de junho, a empresa Veppo que faz a gestão e as operações do terminal rodoviário de Porto Alegre RS comunicou pela chefia o pagamento de somente 50% do salário dos fucionários, alegando que não tem dia certo pra pagar o integral. Além disso faz assédio, com o aviso de que, quem não estiver gostando, que peça demissão e procure outro trabalho.

Foto das áreas internas da rodoviária de POA – VEPPO

Foi muito noticiada e comemorada nessa semana a reinauguracão da rodoviária no centro. Mas a notícia tem um lado esse lado invisível, que apuramos com a denúncia feita a nossa redação. Cerca de 100 trabalhadores e trabalhadoras da limpeza, do guichê e administrativo, estão desde o dia 19 de maio trabalhando duro e nas condições mais insalubres na limpeza e na reativação da rodoviária que foi completamente tomada pelas águas sujas da enchente histórica do mês de maio.

 

 

Como se sabe, a maior catástrofe ambiental e climática do RS atingiu forte o terminal, que ficou inundado, sem luz e fora de funcionamento desde o dia 4 de maio. E voltou as operações parcialmente nessa mesma sexta (7 de junho), graças ao trabalho incansável desses trabalhadores na reorganização do serviço.

Foto das áreas internas da rodoviária de POA – VEPPO

Só que, apesar de todo o esforço, a sexta foi de castigo com os trabalhadores da Veppo que receberam somente meio salário (50%) na conta. Enquanto os boletos e as despesas da família cobram a fatura sem perdão, a empresa Veppo abusa e parcela o pagamento salarial, punindo seus trabalhadores com a incerteza do sustento.

Como já vimos aqui no Repop, a FIERGS que é uma união de organizações dos patrões, tem feito muita barganha com os governos pra reduzir salários e cortar direitos dos trabalhadores diante da calamidade do RS. E os patrões de toda a economia gaúcha vão na mesma linha. Querem punir duas vezes o peão com a crise climática, na vida atingida pela catástrofe e no trabalho. A Veppo escolhe sacrificar o salário dos trabalhadores pra proteger o próprio bolso.