Texto de Opinião da Secretaria de Comunicação do Movimento de Organização de Base – RJ]
O povo foi surpreendido por um repentino aumento no preço da carne. Nas prateleiras do mercado, a carne aumentou 40% em dois meses, segundo dados da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Estado do Rio (BGA).
Esse aumento não é “natural”, é resultado de uma política econômica que só beneficia os ricos: a política de Paulo Guedes, ministro da economia de Bolsonaro.
Paulo Guedes afirmou essa semana que não se importa com a alta do dólar. O problema é que a alta do dólar afeta as exportações dos produtos primários (como a carne). Com a alta do dólar, o agronegócio (uma das bases do governo Bolsonaro) , que não tem nenhum interesse em alimentar o povo, prefere exportar a carne para os mercados da China e de outros países do que oferecer ao mercado interno. Com isso, a diminuição na oferta no mercado interno (do nosso país) faz com que o preço da carne suba.
Isto sem falar que, segundo dados do Exame, 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira é oriunda da agricultura familiar, ja que os grandes produtores rurais preferem sempre destinar sua produção a commodities de exportação, como a soja e o cacau, o que só beneficia os mercados internacionais e os próprios bolsos já milionários destes latifundiários. Neste cenário, o governo também prefere adotar políticas em benefício aos grandes ruralistas e perseguir movimentos de pequenos agricultores e de sem-terras, que também produzem muito em seus assentamentos. A título de exemplo, o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.
O trabalhador brasileiro já sofre com a política anti-povo de Guedes e Bolsonaro, que aumentaram o preço do gás, dos alimentos e agora da carne. Cada vez mais é necessário uma campanha contra o aumento no custo de vida e por uma vida digna.