Ato antifascista e antirracista marca mais um domingo em Porto Alegre (RS)

Fotos por Alass Derivas

Na tarde do último domingo (22) aconteceu em Porto Alegre (RS) um ato intitulado Antifascistas pela Democracia – Contra o Racismo. Com concentração na Esquina Democrática, no centro da capital, o ato marchou até o Largo Zumbi dos Palmares, onde logo dispersou. Tinha como pauta a luta contra o racismo, a violência policial, e o combate ao governo autoritário, fascista e antipovo de Bolsonaro, Mourão e Guedes e sua base de apoio fascista, que além de clamarem por ditadura, querem expor a classe trabalhadora à pandemia, colocando a economia acima da saúde pública.

Organizado por diversos coletivos, organizações, torcidas antifascistas, e manifestantes independentes, o ato contou com cerca de 400 manifestantes. Todas as pessoas presentes usavam máscaras de proteção e obedeciam as orientações de distanciamento social. Havia uma comissão de prevenção distribuindo álcool gel e orientando para quem as pessoas mantivessem uma distância segura.

 

No mesmo horário do ato antifascista ocorria uma manifestação pró-governo na avenida Goethe, no bairro nobre Moinhos de Vento. Com as pautas de costume, cerca de cem bolsonaristas pediam ditadura militar e flexibilização do isolamento social, colocando a economia acima das vidas com ataques . Além disso, queriam apoiar o presidente, que sofreu mais um duro golpe com a prisão de Fabrício Queiroz na residência em Atibaia (SP) de seu advogado pessoal, Frederick Wassef.

Muitas pessoas criticaram as manifestações contra o governo Bolsonaro e suas políticas genocidas. Criticam pois é preciso “manter a quarentena”, pois neste mesmo fim de semana Porto Alegre entrava no regime de bandeira vermelha, segundo o modelo de distanciamento controlado do governo estadual, o que significa dizer que a cidade estaria voltando a um nível mais perigoso e deveria voltar as medidas de restrição mais rígidas.

Mas a questão é essa: nunca houve políticas de isolamento adequadas, e as regras que estão voltando a vigência nem deveriam ter sido flexibilizadas. E há gente, na sociedade civil, no poder público, inclusive na presidência da república, contribuindo ativamente para que a classe trabalhadora continue se expondo à doença e ao risco de morte, mesmo com mais de 50 mil mortos e 1 milhão de infectados. Neste momento, é preciso lembrar que as e os antifascistas não vão às ruas por lazer, mas por necessidade. Contra a ameaça fascista, que põe nossas vidas em risco através de políticas genocidas, é preciso se mobilizar e ir à luta.