Por Frente Quilombola/RS
“Ontem [na sexta-feira, dia 27 de março] tive uma tarde que não desejaria ter… Em plena pandemia, em Porto Alegre, o Quilombo da Família Fidelix, certificado pela Fundação Cultural Palmares desde 2005, localizado na Azenha, junto ao Areal da Baronesa, com o Bar da Carla, o Boteco do Caninha, a Cabo Rocha, o Conjunto Habitacional Princesa Isabel, as Vilas Lupicínio e Planetário, o Terreiro da Mãe Ieda, constituem o que sobrou da presença comunitária negra da antiga Ilhota. O telefone tocou próximo ao meio-dia, e não era o samba […]”
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O desabafo acima é de Onir Araújo, advogado popular da Frente Quilombola/RS. No telefone, quem falava era o Fidelix, informando que um vizinho, lindeiro ao Quilombo (mais especificamente, aos fundos da Escola CEDEL), sorrateiramente teria destruído o muro da divisa com a escola onde confronta aos fundos com a horta comunitária e avançou cinco metros sobre a mesma. Foram para o chão amoreiras, bananeiras, pitangueiras, berinjelas prontas para colher, que complementam e enriquecem diversa e nutricionalmente a alimentação de centenas de crianças não só do Quilombo, mas das comunidades referidas acima.
