Internado sob a suspeita de ter contraído tuberculose desde o dia 17 de agosto, Rafael Braga foi diagnosticado com a doença nesta terça-feira (23). Com a confirmação, Braga já iniciou o tratamento para combater a doença. Ele foi mandado de volta para a na Penitenciária Alfredo Tranjan (Bangu II), onde foi transferido de cela, já que a antiga não tinha nem colchão, e está fazendo uso de máscara de proteção.
Rafael entrou em um programa de tratamento de tuberculose, dentro do próprio sistema prisional, e está sendo atendido. Durante seis meses, Braga será medicado e passará por exames para acompanhar sua reação aos medicamentos. “O Rafael relatou que teve um bom acompanhamento, que, dentro das limitações do sistema prisional, teve uma boa assistência, por parte da equipe médica de Bangu. Já está com a medicação”, afirma o advogado que acompanha o caso de Braga, Thiago Melo.
Melo também falou sobre a necessidade de Braga receber um atendimento odontológico. “A gente teve contato com o médico dele e com o próprio diretor da unidade, conversamos, fizemos reivindicações de acompanhamento do processo de tratamento e de que ele também pudesse receber um tratamento odontológico, porque ele tem alguns problemas que necessitam de intervenção. Ele terá um atendimento odontológico na próxima terça-feira”, conta o advogado.
O caso de Rafael não é isolado. Nas prisões brasileiras, doenças como a tuberculose são as principais causas de morte. No Rio, nas 58 unidades penitenciárias do Estado, entre janeiro de 2015 e agosto de 2017, foram 517 detentos mortos em decorrências de diversas doenças. Um índice 14 vezes maio do que os 37 assassinatos dentro do mesmo período.