Mais que um jogo – A agonia de um povo

por Frente Inter Antifascista

Todo apoio e solidariedade ao povo chileno que luta neste momento contra décadas de investida neoliberal.

A ditadura de Pinochet abriu as portas para a escola neo liberal de Chicago. Uma década antes da Inglaterra de Margaret Thacher aplicar as políticas na Ilha, os playboys do Chile aplicavam em seu país aquilo que chamavam de salvação e modernidade, e que hoje se desmancha levando sangue dos assassinatos e repressão ao povo chileno que se revolta.

Educação, saúde e previdência, tudo vendido para a iniciativa privada chilena e estrangeira. Ser o paraíso para os mega empresários tem um preço; a agonia do povo. Que sangrou por no mínimo 3 décadas antes de estourar contra as políticas liberais das quais Paulo Guedes paga um pau, quer copiar e é filho.

A polícia chilena está matando os manifestantes, prendendo e torturando milhares. Abusando sexualmente de mulheres. Estamos ao lado do povo chileno que se rebela com todo o direito.

Precisamos denunciar o que o Terrorismo de Estado está fazendo contra o povo no Chile e entender profundamente o que está acontecendo naquele país.

E aqui no Brasil, nos perguntamos, no que acredita Paulo Guedes, o Ministro da Economia do governo lambe botas de Jair Bolsonaro? Onde foi que o Guedes aprendeu o que hoje está colocando em prática no Brasil?

Segundo o jornal El País, Paulo Guedes “trata-se de um velho conhecido dos economistas chilenos que impulsionaram o programa econômico ultraliberal na ditadura (1973-1990). Em seus estudos de pós-graduação na Universidade de Chicago, onde o homem-forte era Milton Friedman, pai intelectual dos Chicago Boys, Guedes estreitou laços com vários estudantes chilenos que depois viriam a ter papéis relevantes no regime militar […]

O jornalista chileno Cristián Bofill, especialista em política brasileira, conta que, “quando Guedes voltou de Chicago para o Brasil com seu doutorado, se sentiu marginalizado no Brasil. Os economistas que tinham a hegemonia naquele momento não lhe deram nem as posições acadêmicas nem os cargos no Governo que ele sentia que merecia. Então, nos anos oitenta vem para o Chile, onde é recrutado por Selume. Queria conhecer em primeira mão as reformas que os Chicago boys estavam promovendo no país”.(https://www.google.com/amp/s/brasil.elpais.com/brasil/2018/10/30/politica/1540925012_110097.amp.html)

Paulo Guedes quer colocar em prática a ideia de Estado mínimo, que significa, na prática, retirar o máximo de serviços públicos dos gastos de Estado e abrir para as empresas privadas assumam esse papel. A fórmula mágica para fazer isso é, a grosso modo, por exemplo: precarizar, desvalorizar a educação pública e o SUS, depois vender para a opinião pública (nós), a ideia de que só a privatização salvará…assim, perderemos o direito a saúde e a educação pública, gratuita e de qualidade. Já pensaram a vida sem o SUS ou a escola pública?

Num contexto de tamanhas retiradas de direitos, quem é mais atingido? Sabemos que os ricos vão poder pagar e quem não pode, que se foda trampando, só pra sobreviver! O que vai acontecer? O Chile é o exemplo do que significa pra maioria da população essa lógica econômica.

O povo chileno se revolta com toda a raiva acumulada por só se foder e não ter nada. A desigualdade social no Chile deu saltos catastróficos e quem semeia a miséria, colhe a fúria, já diriam os atores e atrizes da Cambada de Teatro de Ação Direta Levanta Favela.

Como agentes políticos que atuam no espaço do futebol cabe ressaltar a importância do envolvimento dos torcedores dos principais Clubes Chilenos durante essa onda de rebelião. A Garra Blanca, do Colo- Colo prontamente se colocou na linha de frente. Assim como as barras da LaU e da católica também estão unidas ao povo nesse momento crucial da vida chilena. Uma mostra de que são agentes políticos e cidadão com responsabilidade social, como toda gente que compõem uma Nação. Aqui no Brasil também sentimos que as T.O.s e barras são um importante meio de educação política e certamente há um grande potencial de transformação vinda do universo do futebol. Taí um motivo para os políticos de direita insistirem em propagar a bobajada de que futebol e política não se mistural. Se misturam pois são vida, a vida do POVO!

Enquanto Frente lutamos, também contra essas catastróficas medidas econômicas. E mandamos todo apoio e solidariedade ao povo chileno.

Chega de repressão! Abaixo os terroristas de estado!