A Frente de Ferro foi uma organização e grupo de ação antifascista que existiu na Alemanha na década de 1930. Este grupo contava com membros de partidos de esquerda e centro-esquerda, bem como de organizações de trabalhadores e até mesmo de torcidas organizadas, e tinha pretendia enfrentar o nazismo, crescente no país. Usaram como símbolo as três flechas apontando para o sudoeste, até hoje presentes na luta antifascista. A escolha de tal símbolo foi em um primeiro momento para rasurar facilmente os símbolos nazistas. Adaptada ao longo do tempo, a arte criada por Sergei Tschachotin ganhou novos sentidos ao decorrer dos anos, principalmente após as primeiras mudanças nos quadros do Iron Front, que a partir de 1932, começou a abranger alas mais liberais e moderadas da política alemã.
O grupo atuou como organização paramilitar principalmente no ano de 1931 atacando fascistas nas ruas, promovendo atos e organizando os trabalhadores sindicalizados na luta antifascista.
Nas eleições de 1932, era possível ver o cartaz clássico que nos trouxe sempre a informação de que as flechas significavam o combate ao nazismo, a monarquia e aos bolcheviques, ignorando porém o significado anterior a este. Estas eleições, aliás, viriam a fragmentar ainda mais o movimento, uma vez que o mesmo havia então perdido o caráter combativo ao nazifascismo e agora estava procurando derrotá-lo através da via eleitoral. A Frente de Ferro foi banida em 1933 pelo governo alemão.
Como sabemos, os anos que seguiram o final da Frente de Ferro não foram de uma luta antifascista organizada e massificada na Alemanha pelas proibições e caça aos inimigos do nazismo. Somente após o final da segunda guerra fomos ter organizações antifascistas presentes e atuantes com maior vigor no país.
Movimento Grêmio Antifascista