Por Mk*
O vento cortou o começo da noite de quarta-feira, 28, quando aconteceu a assembleia dos servidores públicos de Joinville. Mesmo com o clima gelado, a categoria agitou o espaço com o objetivo de debater a campanha salarial e a reforma administrativa do prefeito patrão Adriano Silva (Novo).
Durante três horas, passaram pelo Auditório Chico Lessa e a parte externa da sede do Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville) um pouco mais de 300 trabalhadores e trabalhadoras da Prefeitura Municipal, de diferentes setores, dos que continuam em atividade aos aposentados.
A comunicação do Sinsej repassou o informe com o resumo da assembleia, editado pela coluna:
1. Hospital Municipal São José: o informe de reivindicações do HMSJ frente aos problemas com a alimentação e do ato marcado para quinta-feira (29/5), das 11 às 14h. [Nota da coluna: o ato seguido de panfletagem aconteceu durante o horário programado, com receptividade da população e usuário do sistema de saúde]
2. Agentes Comunitários de Saúde: o projeto de transposição dos ACSs e das ações do Sinsej para que o projeto garanta direitos e a necessidade de mobilização na Câmara de Vereadores para acompanhar sua tramitação.
3. Reforma Administrativa: a reforma administrativa e os graves problemas que traz para a carreira do servidor, bem como o impacto financeiro que causará na folha de pagamento da prefeitura, inviabilizando qualquer recuperação salarial da categoria para os próximos anos.
4. Encaminhamento: deliberação do calendário de luta para o próximo período em relação a campanha salarial e a reforma administrativa:
a. entregar no gabinete do prefeito solicitação de reunião para tratar da campanha salarial e a reforma administrativa;
b. no dia 04/06, às 19 horas, na Sede do Sinsej, reunião com os administrativos sobre a reforma;
c. no 13/06, às 18 horas, na Câmara de Vereadores, participação junto da Audiência Pública.

Na semana anterior, durante a reunião do Conselho de Representantes, foi demonstrado um ponto de partida para a mobilização, com quase 60 locais de trabalho minimamente organizados. Restam cerca de 240 locais para a construção da escolha dos representantes por local de trabalho.
Ao mesmo tempo, fica evidente o impulso dado ao processo, refletido no número de companheiros e companheiras presentes nas atividades e disposição para agir.
Em relação aos próximos dias, cabe ao sindicato agir com urgência, o que envolve superar a burocracia deixada pela última gestão, visto que as contas não foram entregues com toda a documentação encaminhada corretamente. Os primeiros 30 dias da nova direção foram sem movimentação financeira da categoria para a produção gráfica.
No ar, está colocada a possibilidade de uma greve. As condições materiais reforçam esse cenário: o valor do vale-alimentação, pouco acima de R$ 450, é irrisório quando comparado aos R$ 1 mil pagos em Araquari. Esse é um ponto importante para abrir o diálogo. Vamos conversar?
* A coluna Vivo Na Cidade é uma iniciativa do militante Mk, de Joinville/SC, com atuação na luta comunitária e sindical. O objetivo da coluna é relatar aspectos da luta popular na cidade, passando por questões políticas, econômicas e culturais.