Dia de greve geral tem adesão em toda a Argentina

Por Repórter Popular

O “paro nacional” foi organizado para o dia 10 de abril em todo o país, em oposição ao ajuste fiscal realizado pelo governo Milei, bem como em defesa das aposentadorias e contra as ações repressivas. O Repórter Popular apresenta abaixo um relato de Emilio Crisi, militante sindical da cidade de Rosário, delegado da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) e da Central dos Trabalhadores da Argentina – Autônoma (CTA-A).

“No dia 10/04, quinta-feira, a greve geral na Argentina contou com ampla adesão, especialmente nos centros urbanos como Mendoza, Tucumán, Buenos Aires, Córdoba, Neuquén, Bariloche, Mar del Plata e também no noroeste do país.

A mobilização teve uma participação significativa, com cerca de 85% das indústrias paralisadas. No setor público, a adesão foi quase total, chegando a aproximadamente 95%. Já no setor de transportes, houve paralisação completa do transporte fluvial, por meio da atuação dos sindicatos marítimos e portuários, além da forte participação dos sindicatos ferroviários, de trens e dos caminhoneiros.

Por outro lado, os trabalhadores do transporte rodoviário (ônibus) não aderiram totalmente à greve, assim como o setor de comércio e da gastronomia, que atingiram cerca de 40% a 50% de adesão. Nos serviços em geral, estima-se que cerca de 60% ou 70% da categoria participou da mobilização.

As principais reflexões que surgem como resultado desta greve geral apontam para a necessidade de intensificar a resistência ao avanço das políticas do governo nacional, liderado por Javier Milei, e dos governos provinciais alinhados com ele.

Dessa forma, considera-se fundamental iniciar a construção de um plano de luta que oriente a resistência nos próximos meses, com a perspectiva de convocar uma nova greve geral. Esse processo deverá vir acompanhado de um aumento dos conflitos sociais em cada província, fortalecendo as bases e consolidando os planos de luta e mobilizações futuras.”


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