A situação nos países latinoamericanos é similar. Os avanços do imperialismo vêm gerando a violação dos direitos mais básicos, como alimentação, saúde, moradia, educação, trabalho. Estes avanços não têm encontrado nos governos sociais democratas uma oposição, pelo contrário, funcionam como uma ferramenta de mudança para continuar aplicando o modelo neoliberal. Alguns exemplos são a criação de bases militares do imperialismo na região, a projeção da ALCA como projeto de livre comércio, pagamento das dividas externas, políticas privatizadoras. Um imperialismo que se prepara para enfrentar os povos que se pronunciam ao seu contrário, mediante a criminalização das mobilizações sociais como continuação do terrorismo de estado. Se bem vemos no surgimento de novos movimentos sociais sintomas de rearticulação de nossa classe, somos conscientes da necessidade de construir um poder popular suficiente para fazer frente ao imperialismo.
A Construção do Poder Popular
Quando se fala de poder popular se fala de que o povo tenha a capacidade de resolver seus problemas por si mesmo, sem delegar a outros. O Poder Popular se dá cada dia onde estamos presentes, com a democracia direta, a ação direta e a horizontalidade. O poder burguês se destrói com o poder popular. Construindo o poder do povo, desde hoje, estamos construindo uma nova sociedade. Para construir uma nova sociedade de iguais, justa, solidária é necessário começar a praticar estes princípios desde agora. É uma questão de correlação de forças entre as classes, os interesses irreconciliáveis entre as classes se dão desde posições de força. Se pode construir ilhas de poder popular, mas temos que ir crescendo desde um projeto conjunto. O poder popular se deve construir a partir de cinco eixos fundamentais.
– Organizar os desorganizados: para enfrentar a desorganização que existe na classe, criando âmbitos de participação com independência política e autonomia orgânica. Autonomia que se deve entender de forma integrada a um projeto unitário. Organização desde os princípios da democracia direta e da horizontalidade. Que permita aplicar metodologias de ação direta.
– Unir o disperso: para reverter a dispersão e a fragmentação de nosso povo e unificar as lutas.
– Dar a luta ideológica: para criar subjetividade de classe, ou seja, nos reconhecermos como classe
oprimida. Vemos a importância da formação política como forma de construir coletivamente e de forma consciente desde baixo.
– Manter a autonomia das organizações e movimentos sociais em relação aos partidos políticos, a igreja e o estado.
– Reconstruir os laços sociais e valores de solidariedade para romper com o individualismo e a decomposição social.
Como avançamos na unidade
Foi acordado levar adiante as seguintes atividades:
– Repudiar a visita de Bush na Argentina, que será em novembro no marco da Cimeira das Américas. Mobilizar em todos os países onde estão presentes as organizações do encontro, sobre as consignas contra a fome e a ALCA.
– Participar no 11 de outubro nas atividades que realizam em cada país e/ou região.
– Levantar a consigna pela liberdade dos presos políticos em todas as mobilizações que nos sejam possíveis. Difundir a situação dos presos políticos nos demais países.
– Armar uma rede de e-mails para manter uma comunicação fluida.