Mesmo sob ameaça da justiça, professoras de Curitiba entram em greve nesta terça-feira (8)

Por Repórter Popular PR

As professoras e os professores da rede municipal de Curitiba (PR) deram início à uma greve geral por tempo indeterminado nesta terça-feira (8). O motivo da greve é a luta por um plano de carreira justo e digno para a categoria, o que vem sendo negado pelo prefeito da capital paranaense, Rafael Greca (PSD).

Nesta segunda-feira (7), após um pedido da Prefeitura, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) expediu uma liminar que declarou a greve ilegal e impõe uma multa de R$ 20 mil por dia parado ao sindicato que representa a categoria, o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (SISMMAC). Mesmo sob essa ameaça da justiça burguesa, que não reconhece o direito à greve, o magistério decidiu seguir com a luta e persiste no movimento grevista.

Isso porque hoje tramitam na Câmara Municipal de Curitiba alguns Projetos de Lei (PLs) que tratam do plano de carreira das servidoras e servidores municipais, entre eles o PL do plano de carreira do magistério, que não foi aceito pela categoria porque não garante nem salários justos e dignos, nem avanços na carreira ou valorização das formações.

Outras propostas do PL que as professoras não aceitam é a de penalizar trabalhadores que precisarem de licenças médicas por período superior a 30 dias no espaço de 1 ano, como pacientes de câncer e doenças degenerativas, por exemplo, e a taxação das professoras aposentadas em 14%.

Sem chegar a um acordo com a gestão Greca, o magistério partiu para a greve que foi deliberada em Assembleia do SISMMAC. Já o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC) optou por não aderir à paralisação dos serviços neste momento, mesmo os servidores da Saúde, Assistência Social, Educação Infantil, Segurança e Auxiliares Administrativos, entre outros, também sendo gravemente atacados com o plano de carreira proposto pelo prefeito Greca.

Conforme levantamento do SISMMAC, a adesão da greve das professoras e professores é superior a 80%.

Foto: divulgação SISMMAC