Primeiramente, um pedido de desculpa e uma explicação. Nas últimas semanas, por questões pessoais – leia-se: escrita do TCC – não pude comparecer quinzenalmente no espaço desta coluna. Peço desculpas às leitoras e aos leitores. Vamos passar, agora, a um texto que vai indicar temas que vou tratar nos próximos textos, trazendo à baila um assunto que nunca ocupou este espaço: uma série. Além disso, fiz um curso recentemente sobre o gigante Ingmar Bergman, que também será assunto por aqui.
Sempre tive um pé atrás com séries. Certamente um preconceito meu, de não conceber a sétima arte para além dos filmes. É verdade, ainda sim, que são formas diferentes, principalmente no que tange a sua narrativa. A série, por mais que cada episódio tenha uma unidade, quase sempre está dentro de uma forma maior, a temporada, que por sua vez também pode pertencer ao todo do seriado.
Até ano passado, eu só havia visto 24 horas, mas recentemente vi Jeff Dahmer e Peaky Blinders. Elas têm diferenças e semelhanças, que tentarei mostrar no próximo texto. Ambas boas séries que eu indico, mesmo não gostando muito do formato.
Já sobre Ingmar Bergman, que para mim é o maior diretor do cinema, por ter praticamente inventado o gênero drama na forma fílmica, ocupará talvez mais de um texto, pelo seu tamanho e complexidade. Num curso sobre o autor, ministrado pelo Dr. Alisson Gutemberg, aprendi várias coisas, dentre elas a disjunção clássico e moderno, que permeia sua obra. Esses são dois paradigmas estéticos que dizem respeito à forma de filmar, de narrar, e a própria ideologia que o filme prega. Veremos que o cinema clássico quer se mostrar como a verdade, enquanto o cinema moderno faz questão de se mostrar como um filme, portanto, um objeto estético criado e não naturalmente concebido.
Gostaria, antes do fim, de implementar um sistema em que vocês, público leitor, sugere temas e filmes para serem assunto aqui. Poderia ser através de comentários nos posts, seja na página ou no site. Veremos.
Rodrigo Mendes