Um grupo de 24 vítimas (sendo 15 crianças) dos conflitos no Território Indígena Serrinha, no norte do Rio Grande do Sul, estão desterritorializadas e precisam de ajuda para a compra de alimentos e materiais escolares. As famílias estão refugiadas e ainda correm risco.
Contribuições financeiras podem ser enviadas por Pix:
CPF: 008.195.850-17
O nome do responsável por receber as doações é Adilson Fortes.
Entenda o caso
A região da Serrinha abrange os municípios de Ronda Alta, Três Palmeiras, Constantina e Engenho Velho, e conta com cerca de 3,5 mil pessoas, divididas em 650 famílias da comunidade Kaingang. Atualmente, parte das terras está arrendada para produtores de soja. Desde outubro de 2021, a população vive em situação de risco por conta de conflitos por terra. O motivo é que nos últimos meses, os arrendamentos ilegais foram denunciados pelos próprios indígenas, que sofreram com ameaças, torturas e mortes.
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Em setembro de 2021, o Conselho de Anciãos da Terra Indígena Serrinha divulgou uma nota em que denuncia que 59% da população da aldeia não têm terras, enquanto o cacique Marciano Claudino e lideranças arrendaram toda a área agricultável. “O arrendamento das terras indígenas é realizado por uma Cooperativa denominada Cotrisserra, que recebe 3 sacas de soja por hectare, dos plantadores não-indígenas, para um Fundo de Transição que deveria executar projetos sustentáveis que nunca saíram do papel”, afirmou a nota do Conselho de Anciãos.
Apesar das denúncias realizadas, não houve solução para o conflito. Famílias como as que promoveram a campanha de arrecadação citada no texto precisam fugir do local por conta do risco de vida sofrem.