Por Repórter Popular – Maricá (RJ)
Na tarde de hoje (14/09), trabalhadores/as da educação municipal de Maricá se concentraram na porta da prefeitura da cidade, em atividade da greve pela vida. Há meses esses profissionais seguem em greve das atividades presenciais e denunciam os inúmeros casos de covid-19 nas escolas municipais. Praticamente metade das escolas de Maricá, contaram com casos de covid, desde que as aulas presenciais foram retomadas. E a categoria é contra a reabertura das escolas, feitas sem a devida imunização da comunidade escolar.
Ainda há profissionais da educação sendo vacinados com a segunda dose e a vacinação da primeira dose de adolescentes de 12 anos, começou esta semana.
A categoria também cobra protocolos sanitários mais seguros, distribuição de máscaras pff2, auxílio conectividade para os profissionais das escolas, o afastamento imediato e regime de trabalho remoto para profissionais com comorbidade, a reposição de greve apenas dos dias paralisados e o fechamento imediato das escolas com casos ativos de covid. Várias dessas demandas foram entregues ao vice-prefeito Diego Zeidan no dia 27 de julho, que se comprometeu com algumas dessas reivindicações. Os educadores no entanto reclamam que nenhum dessas promessas foram cumpridas.
Para piorar, mesmo com o ato em frente a prefeitura e pedido de audiência, a categoria não foi recebida. Com isso, os educadores e educadoras caminharam pelas avenidas da cidade até a Secretaria Municipal de Educação, onde mais uma vez, tiveram seu pedido de audiência negado.
A prefeitura de Maricá orgulha-se de ter como patrono da educação, o pedagogo Paulo Freire, mas reiteradamente ignora as demandas dos educadores e se nega a recebe-los.
Paulo Freire dizia que “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”. Parece que a prefeitura de Maricá não aprendeu esta lição.