Do Repórter Popular – Porto Alegre
No dia 27 de abril, o governador Eduardo Leite publicou um novo decretou que mudou, entre outras coisas, as regras do modelo de distanciamento controlado. Isso possibilitou a adoção da bandeira vermelha em toda o estado, assim como o retorno as aulas presenciais. Esse decreto é resultado dos interesses empresariais, de sindicatos patronais e de parte das escolas privadas que junto a governo Leite construirão essa política de retorno inseguro as aulas.
Enquanto isso, a população do estado do Rio Grande do Sul ainda nem sequer se recuperou das várias perdas e traumas causados pelos últimos dois meses, março e abril, no qual o estado havia tornado-se o epicentro da pandemia no Brasil, levando a capital Porto Alegre até as manchetes do jornal estadunidense New York Times, como um exemplo do colapso sanitário brasileiro. Terminamos o mês de abril com uma leve e gradual diminuição das internações e óbitos no estado, e a primeira coisa que o governador e o prefeito, de Porto Alegre, Sebastião Melo mais tem se preocupado é com o retorno das atividades comerciais e as aulas.
O estado mesmo sendo considerado um dos que mais aplicou doses (proporcionalmente) no país passa agora pela falta de novas doses e principalmente pela falta da segunda dose. Enquanto isso, a grande maioria dos professores e professoras, assim como dos e das trabalhadoras de serviços gerais das escolas, ainda não estão imunizados e estarão dessa forma sendo levados ao risco do vírus, sem garantias nem da vacina, nem de leitos nos hospitais.
O retorno que já vem acontecendo desde a semana passada como indicado pelo cronograma do estado, no sistema híbrido de aulas, já vem causando confusões entre as escolas e pais. Enquanto isso, o sindicado dos educadores do estado (CPERS) acabou optando pelo adiamento de uma possível grave sanitária mas prometendo fiscalizar a entrega dos EPI’s e do cumprimento das normas de distanciamento controlado nas escolas. Já os professores do município de Porto Alegre, em assembleia sindical pelo SIMPA, decretaram por greve sanitária desde a última sexta-feira (06).
Canal de denúncia do retorno inseguro as aulas
Enquanto as mobilizações dos educadores crescem para barrar essa política genocida de retorno inseguro as aulas, nós do jornal Repórter Popular estaremos empenhados em divulgar relatos, notas e todo tipo de denúncia dos descasos com a segurança dos e das trabalhadores da educação, assim como das famílias e crianças das escolas também submetidas a riscos nesse momento.
Os relatos podem ser desde denúncias pontuais sobre falta de equipamentos de segurança, sobre como está sendo essa situação em sua escola, relatar sobre lutas locais das escolas juntos às comunidades e entre outras questões que envolverem o descaso dessa política de retorno inseguro das aulas no estado.
Para fazer isso é simples, mande para nóse uma mensagem com a sua denúncia pelo nosso WhatsApp (51) 98960-6682.
Os relatos serão publicados em conjunto, ou individualmente, com consentimento dos relatores e mantendo as identidades em sigilo, caso estes assim os queiram.
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