Política do governo para a Petrobras provoca mais aumentos na gasolina e no diesel, que impactam os preços de vários produtos
A Petrobras anunciou nesta semana mais um aumento no preço dos combustíveis, o que vai tornando insustentável o custo de vida para o povo trabalhador. Só neste ano, o preço da gasolina nas refinarias subiu 34,78%, e o diesel 27,72%, um aumento muito alto, num país que produz os próprios combustíveis.
O preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras ficou a R$ 2,48 por litro (23 centavos de aumento), e o preço médio do diesel subiu para R$ 2,58 por litro (34 centavos a mais). Esse aumento acaba sendo repassado pelas distribuidoras aos postos de gasolina, e chega no preço final.
Hoje o preço médio do litro da gasolina nos postos está a R$ 4,83, e o litro do diesel a R$ 3,81, mas em muitos lugares os valores passam dos R$ 5,00 pra gasolina e R$ 4,00 o diesel.
Reação em cadeia
O preço dos combustíveis acaba influenciando em grande parte dos produtos que consumimos. De remédios a alimentos, por exemplo, quase tudo é transportado por caminhões, movidos a diesel. E veículos a gasolina entregam muitos produtos, como encomendas e refeições. Com o aumento nos combustíveis, tudo pode acabar ficando mais caro.
Greve dos caminhoneiros
Por causa do aumento no diesel, em janeiro muitos caminhoneiros anunciaram uma greve, que começaria dia 1º/2, para chamar atenção sobre o aumento dos custos e a falta de uma resolução do governo federal sobre suas demandas, como a tabela de frete, desde 2018, quando houve uma grande greve que parou o país por mais de uma semana. Porém, com o boicote dos empresários, dessa vez o movimento não foi tão forte, e as paralisações foram pontuais.
Política da Petrobras
O principal motivo dos combustíveis subirem tanto nos últimos anos é a política que o governo impôs à Petrobras, submissa ao mercado internacional. Desde 2016, o preço dos combustíveis é ligado ao valor do petróleo lá fora, e ao preço do dólar. Por isso, mesmo que o Brasil tenha petróleo, produzido por uma empresa pública, o preço da gasolina, do diesel e até do gás de cozinha aumenta se o dólar sobe.
Além disso, essa política de mercado da Petrobras tem feito com que a empresa seja privatizada aos poucos, o que é muito ruim para a população. Como os petroleiros denunciam, a empresa vende refinarias a preço de banana, e vem entregando empresas, como a Liquigás. O resultado é o setor de petróleo e gás cada vez mais refém de empresas estrangeiras. Hoje o Brasil já compra petróleo refinado do exterior, mesmo tendo condições de refinar aqui dentro.
Greve na Petrobrás: governo quer privatizar e deixar o mercado mandar nos preços
Combustíveis mais baratos
Hoje, quem paga a conta pelo aumento dos combustíveis é o povo em geral, que sente no bolso tudo ficar mais caro. Em um documento de 2018, o Dieese, entidade do movimento sindical brasileiro, sugere duas medidas básicas para baratear os combustíveis:
- Recuar da política internacional de preços sobre diesel, gasolina e gás de cozinha;
- Aumentar o volume de petróleo refinado em refinarias próprias, o que daria para atender a demanda, sem precisar comprar de fora.
Enquanto o governo não praticar dois preços para ocomvustiveis.
1- preço interno a preço subsidiado
2- preço exportação valor do mercado internacional ou seja polarizado.
3- que o diesel e a gasolina sejam refinadas em nossas usinas que são autosuficiente a garantir essa demanda tanto interno quanto para a exportação. Simples assim, é só retirar os rentistas e acabar com as privatizações dos setores estratégicas de proteção ao povo que os produz. Essas riquezas são nossas.