Empregados da empresa Dana Incorporated reivindicam reajuste salarial e manutenção de outros direitos em vias de serem retirados
Na região metropolitana de Porto Alegre, trabalhadores e trabalhadoras da multinacional Dana Incorporated cruzam os braços e fazem operação tartaruga[1] para pressionar a empresa e a atual diretoria do sindicato. Entre as reivindicações da categoria, estão um reajuste salarial de 5%, além de outros direitos que estão em vias de ser retirados com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) aprovada entre sindicato e empresa.
A nova CCT prevê o adiamento da discussão sobre reajuste salarial para março de 2021 e a retirada mais de R$ 4 mil do Programa de Participação de Resultados (PPR), além de acabar com prêmio de US$ 125 dólares por tempo de serviço. Fica previsto também o trabalho aos sábados, domingos e feriados para pagar o banco de horas.
Conforme informações do próprio site da multinacional, a Dana Incorporated é ” líder mundial no fornecimento de sistemas de transmissão, vedação e gerenciamento térmico com alta tecnologia que melhoram a eficiência e o desempenho de veículos e máquinas”. Com sede em Ohio (EUA), a empresa tem operações (na América Latina) no Brasil, na Argentina, na Colômbia e no Equador. Além de Gravataí (RS), a empresa conta com unidades em operações em Campinas, Jundiaí, Limeira e Sorocaba (SP).
Confira abaixo as reivindicações das e dos trabalhadores da Dana na unidade de Gravataí (RS):
1) 5% de reajuste salarial referente à reposição do INPC mais a perda do poder de compra do trabalhador;
2) PPR: pagar o mesmo valor do ano passado e sem metas (R$ 4.930,00 mais R$ 750 de abono, totalizando R$ 5.680,00);
3) Voltar a política de pagar por tempo de serviço: 125 dólares a cada 5 anos;
4) Plano de carreira: levando em conta aumento a cada 6 meses e teto de 3 anos;
5) Definir a situação dos trabalhadores com aposentadoria especial sem retirar direitos;
6) Ampliar o plano de saúde sem aumentar os custos ao trabalhador;
7) Fim dos trabalhos aos sábados;
8) Fim do banco de horas.
[1] Na operação tartaruga, os e as trabalhadoras realizam o trabalho com lentidão, reduzindo a produção, sem que haja, contudo, paralisação do trabalho.