No dia 27 de setembro de 2019, os jovens Gustavo Bueno (14 anos), Felipe Bueno (16 anos), Elias Pires (17 anos) e Eduardo Augusto (21 anos) foram assassinados pela Polícia Militar. De acordo com a versão da PM, houve confronto e os jovens estavam armados. Tal versão é repleta de equívocos e controvérsias: vizinhos e familiares afirmam de maneira muito contundente que os jovens não andavam armados, e além disso, os tiros foram efetuados quando os jovens estavam sem qualquer possibilidade de reação, já que o carro havia batido e os rapazes sofreram danos físicos decorrente do acidente.
Fotos da Missa de Sétimo Dia.
Tamanha revolta e indignação com as perdas, ainda diante da falsa versão da Polícia Militar, familiares e vizinhos iniciaram uma mobilização que resultou em uma série de outros atos, que passaram então a contar com apoio de movimentos sociais e pessoas de outros locais da cidade. As manifestações foram à pedido de justiça e colocando-se contra a violência policial, cada dia mais presente nas periferias de Curitiba e de todo o país. O primeiro ato foi duramente reprimido pela Polícia Militar, que colocou um enorme contigente policial dentro do bairro, ferindo com tiros de bala de borracha e gás lacrimogêneo, além de ter praticado seu usual assédio moral, com manifestantes ou mesmo pessoas do bairro que nada tinham a ver com o ato.
Fotos dos atos por justiça e contra a violência policial em 2019
Outra mobilização importante aconteceu no Ministério Público no dia 6 de novembro de 2019, onde foram pedidos prazos para respostas. E hoje, chegando a um ano do caso, as respostas não foram atendidas. A família segue a vida com a dor do luto, sem respostas e sem comunicação acessível ou de qualidade com o Ministério Público, ainda sem qualquer perspectiva de novos prazos para essas respostas. Enquanto isso os policiais envolvidos seguem trabalhando normalmente.
Fotos do ato no Ministério Público.
Por isso, familiares se mobilizam para realizar um novo ato no dia 25 de setembro, no bairro em que os meninos viveram, pedindo justiça e erguendo a voz contra a violência policial. A mãe de dois dos meninos mortos afirma, o grito será por seus filhos mas também por todos os outros que morreram de maneira tão violente e injusta.
Gustavo Bueno, PRESENTE!
Felipe Bueno, PRESENTE!
Elias Pires, PRESENTE!
Eduardo Augusto, PRESENTE!