Vitória LGBTQIA: Casa Nem continua e comunidade celebra

Faixa pendurada por manifestantes escrita “Que os ricos paguem pela pandemia, campanha de luta por vida digna”

Na manhã de segunda (27), em resposta a uma investida do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra a ocupação  Stonewall Casa Nem, em Copacabana, ativistas de diversos movimentos e coletivos se reuniram para impedir a possível reintegração de posse que estava marcada para a manhã de hoje. 

A movimentação começou às 5 da manhã por parte da Polícia Militar nos dois acessos à rua Dias da Rocha, onde fica localizada a ocupação. Os manifestantes começaram a chegar por volta das 6 horas, e faixas contra a remoção foram estendidas no local. 

Mulher vestindo camiseta com os dizeres “Contra as remoções e despejos. Fora Temer”

Por volta das 9 horas os manifestantes foram informados que não haveria a reintegração de posse na data de hoje, devido a pressão dos advogados ativistas e à movimentação popular em defesa do espaço, que era mobilizada pelas redes. Após o informe, os manifestantes entoaram palavras de ordem saudando a Casa Nem e contra as remoções e o governo de Jair Bolsonaro. O ato se encerrou logo depois. 

É válido ressaltar que a vitória da Casa Nem foi parcial. A reintegração de posse foi barrada apenas providencialmente, e pode voltar a ser pautada em breve. Os ativistas reintegram a importância da vigília quanto a atuação do Estado, para que a qualquer sinal de despejo convoque novamente mobilização nas ruas, fazendo o que for preciso para defender a vida e a moradia da população LGBTQIA+ que ocupa atualmente a Stonewall Inn.

Matéria de Júlia Aguiar e Alê para o Repórter Popular.
Faixa em homenagem à Marielle estendida na Casa Nemwall Inn.
Foto ampla da manifestação, na frente da Casa Nem.
Bandeirão LGBT+ estendido no prédio ocupado, em Copacabana.
Ocupantes da Casa Nem abaixo de bandeirão LGBT+