[OPINIÃO] Ônibus cheios, mas dentro dos 60% permitidos pelas normas sanitárias da cidade na pandemia e consequentemente nenhum distanciamento social, uma das regras fundamentais para se proteger da COVID-19. Após 1 mês do retorno do transporte, dentro de algumas normas estabelecidas pela secretaria de saúde de Joinville, já é possível realizar uma breve avaliação deste período de retorno. O transporte voltou no dia 06/06, segunda, com 3 regras principais: respeitar os 60% da capacidade de cada veículo; ter potes de álcool em gel nas entradas e uso obrigatório de máscaras.
1: Limite Contraditório Nos Veículos Lotados
Sobre o limite contraditório estabelecido, pode ser explicado melhor nesta matéria aqui. É assim, porque com esta porcentagem de ocupação, se torna impossível manter 1,5 m de distanciamento seguro entre cada pessoa. No final os passageiros acabam sentando um do lado do outro, porque afinal, ninguém quer ir em pé. Caso houvesse o respeito ao distanciamento, iriam poucas pessoas em cada viagem e haveria mais segurança sanitária para todos.
Só que isto geraria dois problemas: o primeiro seria uma demanda muito maior de carros em cada viagem, o que as empresas Gidion e Transtusa não cumprem justamente porque se deslocam muitas pessoas de uma vez e não há esta necessidade. O segundo seria o tempo de espera do próximo ônibus; o que iria gerar diversas dores de cabeça para os usuários.
Ainda com relação aos horários, houve uma redução de horários e ainda por cima algumas linhas tiveram um aumento na sua rota, o que acaba fazendo algumas pessoas podendo chegar atrasadas no seu trabalho ou outros compromissos, tudo isso pela ganância das empresas e pela negligência do prefeito empresário Udo Dohler, que por ser empresário obviamente vai ajudar seus colegas de negócios.
2: Potes de Álcool em Gel
Com relação os potes de álcool em gel, foi constatado que muitos carros possuem apenas um pote e não 3 ou mais, um para cada porta do carro. Uma das REGRAS sanitárias seria a higienização das mãos constantemente com o gel, porém novamente as empresas não se importam com a saúde dos que enchem seus bolsos de lucro e consequentemente esvaziam os já quase vazios dos que usam o dito transporte “público”. É urgente colocar um vidro em CADA entrada dos veículos. Algumas pessoas acabam trazendo seus frasco de casa.
3: Uso de Máscaras
Neste ponto a maioria dos usuários cumpre bem, uma ou outra situação de pessoas não a usando, mas poucos casos. O uso dela é NECESSÁRIO e OBRIGATÓRIO, dentro e fora do transporte, num decreto lançado pelo prefeito para diminuir o alto índice de confirmados, só assim se pode garantir uma prevenção eficaz contra o novo coronavírus.
FISCALIZAÇÃO NOS ÔNIBUS CHEIOS
Nesta matéria já mencionada, é explanado sobre os primeiros dias do retorno do transporte.
No começo, não existia nenhuma fiscalização pelas concessionárias, nenhum controle de quantidade de passageiros, os carros continuavam parando nos pontos e pegando mais pessoas, aumentando o risco de contágio.
Não existia nenhum letreiro dizendo que os veículos estão cheios e assim não parando mais nos pontos para possivelmente aumentar a contaminação ainda mais. Porém nos últimos dias foram tomadas algumas medidas de segurança, talvez devido à reportagens como esta e a campanha de denúncias nas redes do Movimento Passe Livre Joinville tais como: há a presença de muitos fiscais nos terminais fazendo a contagem de pessoas que vão em cada viajem; quando cheios o motorista coloca uma frase dizendo “veículo lotado, espere o próximo” no letreiro digital e só. Medidas que não beneficiam em nada a vida de quem precisa do popular “zarco” para se deslocar pela cidade. Pois os ônibus continuam cheios em determinados horários.
NÚMERO DE CASOS
Até o momento, a cidade tem quase 3000 casos confirmados por Covid, houve infelizmente um aumento no número de mortes: até agora são 47 mortes. Há mais de 899 pessoas em isolamento domiciliar e 40 internados. O número de ocupação dos leitos de UTI reservados à pandemia chegou a preocupantes 80%.
Foram realizados cerca de pouco mais de 14 mil testes para a doença, número muito pequeno de testes para uma cidade de mais de 500 mil habitantes.