Trabalhadoras terceirizadas da limpeza e da alimentação nas prefeituras de Cachoeirinha e Sapucaia do Sul, se deslocaram até a sede da empresa Lazari, localizada na cidade de Montenegro, para cobrar salários que estão atrasados há 15 dias, no caso de Cachoeirinha e as rescisões de contrato que já passam de 40 dias de atraso no caso das funcionárias em Sapucaia do Sul. Ao chegarem lá foram proibidas de entrar. Trabalhadoras grávidas ou com saúde comprometida foram impedidas de adentrar até mesmo para usar o banheiro. Após longa espera foram atendidas por funcionárias do Departamento de Pessoal, que alegaram entre outras coisas que ambas prefeituras não pagavam as notas de serviço deste o ano anterior. Fato que ao menos no caso de Sapucaia do Sul não se sustenta, tendo em vista que posteriormente a própria Lazari afirmou que já havia um acordo entres eles e a prefeitura, que já vem pagando as notas em atraso.
No entanto, este pagamento não se refletiu no bolso das trabalhadoras que seguem sem receber suas rescisões mesmo depois de 40 dias do encerramento do contrato. No caso de Cachoeirinha, a empresa alega que não recebe desde o início do ano pelo serviço prestado pelas funcionárias. Segundo o próprio dono da empresa, Tiago Feron, ex-secretário municipal de gestão de Montenegro, a Lazari está em tratativas com a prefeitura para acertar um acordo parecido com o que feito em Sapucaia do Sul. Nesse tipo de acordo, a prefeitura parcela as notas em atraso e a empresa, por sua vez, parcela o pagamento das trabalhadoras.
O protesto se estendeu desde as 09:00h da manhã até as 16:00h da tarde, alterando o funcionamento do centro da cidade e da empresa, as pessoas passavam e perguntavam sobre as razões da manifestação. As respostas das trabalhadoras geraram comoção e apoio popular à reivindicação. Elas se propõem a manter-se organizadas e buscando seus direitos mesmo que isso signifique um deslocamento de cerca de 50km desde o seu local de moradia e trabalho até a sede da empresa em Montenegro.