Pela defesa do SUS 100% público! Por saúde digna!
A saúde, em um momento de pandemia, não é somente sobre um vírus. Nas notícias, pode até ser. Afinal, o quanto não é mais fácil para toda a estrutura envolvida em uma notícia aparentar que está focada em apenas um assunto para se escrever? Mas, se percebermos ou não, a pandemia iniciada entre o fim do ano de 2019 e começo de 2020 coloca em destaque pontos que não passam nas notícias, mas na prática temos que lidar dia após dia.
Para quem trabalha em um hospital, centro clínico ou até mesmo consultório, é mais evidente. Pense, quantas vezes nesse atual período você na portaria, na limpeza do chão, ao servir no refeitório, na enfermaria, ou até mesmo entre outros (as) médicos(as), não viu alguém comentando resoluções absurdas e idiotas para a pandemia? E é esse tipo de conduta (essas mesmas resoluções) que será alicerce para que seja forjada uma redução na gravidade de sintomas quando chegar um paciente apontando problemas de saúde relacionados à contaminação pelo vírus, e a orientação será voltar para casa e não ter atendimento adequado. São essas resoluções que orientarão secretarias municipais e estaduais a não reportarem devidamente os números de casos passados por médicos (as) em atendimento.
Essa mesma sistemática é que gera a falta de suprimentos como máscaras, luvas, álcool e tantos outros recursos de requisitos básicos para procedimento padrão nos hospitais. Será assim que parecerá não haver mortes da população que sustenta com sangue e suor de seu trabalho explorado por tantos e mais tantos patrões, que obrigaram a continuidade de sua produção em conjunto com governos que seguiram seus projetos políticos a favor da produção capitalista. Mas essa situação não ficará assim! Você que está lendo e identificando o que foi relatado aqui, e notando mais outras situações agravantes no seu cotidiano, está com a possibilidade de fazer com que não olhemos para trás e notemos um rastro de mortes por fome, por desemprego, por falta de solidariedade e por causa da pandemia.
Cada ato seu que dê prioridade da população acessar um atendimento adequado à saúde, que priorize a luta contra o desemprego em massa que está sendo produzido, que observe de não haver apenas a pandemia como problema e, sim, também, como um agravante de problemas como a fome e a miséria estrutural, você estará agregando no conjunto para construção de uma resolução para superarmos a crise, seja uma crise na saúde, crise econômica, política ou social.
Os de cima se apropriam de cada situação ou contexto para continuar tirando de nós. E essa pandemia vem reafirmar isso, pois estão eles nesses dias todos agindo para que nada de suas fortunas seja levado e para que todas as contas sejam pagas às nossas custas. Isso inclui maquiar números e deixar nós de baixo, pobres e pretos, vulneráveis aos riscos e à morte!
Precisamos defender cada trabalhadora e trabalhador da saúde que está fazendo o SUS funcionar em nossa defesa neste momento!
Precisamos defender o SUS 100% público porque temos direito a uma saúde digna!Autonomia e Luta – tendência sindical em Mato Grosso