Deputado bolsonarista ataca UERJ e remove duas faixas

Do Repórter Popular – RJ
e com foto de Sergio Franklin

Nesta última quarta-feira, dia 19, o Deputado Estadual Anderson Moraes do PSL invadiu a UERJ ameaçando seus trabalhadores, dando carteirada e se garantindo em seus seguranças, para rasgar e roubar duas faixas. Essas faixa foram colocadas após uma manifestação[1] que faz parte da agenda nacional de lutas convocada por entidades da educação, contra os cortes que estão comprometendo o funcionamento de várias universidades federais. Foi o dia de mobilização convocado pela ANDES-SN e sua seção sindical ASDUERJ, que contou com o apoio do movimento sindical e estudantil, e diversas organizações políticas.

Em vídeo publicado por ele mesmo em suas redes sociais, ele registra a ação. Veja a seguir:

Na faixa estava escrito: “VACINA NO BRAÇO, COMIDA NO PRATO, CONTRA A DESTRUIÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS. FORA BOLSONARO E MOURÃO!”. Como parte do gado este foi lá se colocar contra aqueles e aquelas que lutam por um Plano de Vacinação Popular[2] e contra a fome que a política neoliberal e as reformas que vem realizando nos últimos anos vem jogando o nosso povo.

O Deputado bolsonarista esbravejou os jargões neoliberais como: “o estudante da universidade pública é mais caro que o das privadas”. Mostrando seu total desconhecimento sobre o que é produzido dentro de uma universidade pública, sua função social e a formação intelectual de seus discentes, bem como o quanto as universidades públicas tem sido parte fundamental do combate ao covid-19, com seus hospitais universitários, com os pontos de vacinação e produção cientifica. Caso tivesse esse conhecimento saberia que a UERJ ao contrário das “uniesquinas” está compromissada com a produção de conhecimento que dê um retorno social a toda população, e para isso forma novos pesquisadores e profissionais em cerca de 32 cursos. Precisa avançar muito em responder as demandas dos de baixo e na garantia da permanência de seus estudantes, mas não funciona pela lógica que está interessada em deixar uma dívida de R$70 mil para um estudante de FIES, ou com a lógica de fábrica de diplomas que vem gerando lucros bilionários para grupos como a Cogna.

É com sua carreira parlamentar que ele está comprometido, e não com o direito a educação. Tenta se aproveitar de qualquer espetáculo para se legitimar entre os apoiadores bolsonaristas. Anderson Moraes tentou se eleger em 2016 pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB)[3], utilizando o sobre Margareth à época, para se favorecer do capital político de sua mãe, que já fora vereadora em Nova Iguaçu. É com o nepotismo, que forma a elite política brasileira, que ele está comprometido. Fazendo o que for para se eleger, empregando Rogéria Bolsonaro[4], ex- mulher de Bolsonaro em um de seus gabinetes, e um policial civil preso em 2015 por roubo e tráfico de drogas[5]. O que nos dá sinais bem claros que seu comprometimento é com os esquemas da família bolsonaro.

[1] http://asduerj.org/v7/manifestacao-na-uerj-reune-trabalhadores-e-estudantes-de-todo-o-estado-por-vacina-pao-saude-e-em-defesa-da-educacao/

[2] https://reporterpopular.com.br/por-um-plano-popular-de-vacinacao/

[3] https://g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/08/deputado-do-psl-rj-que-teve-perfis-ligados-a-seu-gabinete-bloqueados-anderson-moraes-emprega-ex-mulher-de-bolsonaro.ghtml

[4] ibdem

[5] ibdem