Ato faz memória e pede justiça em caso de feminicídio na fronteira

No dia 19 de maio (terça-feira), na cidade de Rio Branco/UY, fronteira sul com Jaguarão/Brasil, o coletivo Mujeres de Frontera (grupo formado por mulheres uruguaias e brasileiras) juntamente com outras/os manifestantes, familiares e amigos/as de Lorena Carrasco organizaram um ato em frente ao prédio da promotoria de justiça do Uruguai, denunciando a violência machista e exigindo justiça.

Durante o ato aconteceu uma confecção e colagem de cartazes pedindo justiça pelo assassinato de Lorena Carrasco, morta em 2019 na Lagoa Mirim, Departamento de Cerro Largo (UY) e encontrada no dia 03 de outubro. O grupo exige a condenação por FEMINICÍDIO de Carlos Ivan Pereira, autor do ato brutal que tirou a vida da jovem de 19 anos e mãe de dois filhos.Os cartazes tinham frases como “Basta de Feminicídio”, “Justiça para Lorena” e “Ni una a menos”.

 

A confecção e colagem dos cartazes e faixas começou no período da manhã em frente ao prédio da promotoria. Após a colagem, dezenas de pessoas presentes na manifestação fizeram uma vigília para aguardar o julgamento de Carlos Ivan Pereira.

Como resposta da primeira audiência e informações obtidas no local, o assassino da jovem foi formalizado por homicídio muito especial, agravado por premeditação e feminicídio, e por volta das 18:00 horas o homem foi colocado dentro de um carro e levado para um presídio em Montevidéu (UY). O acusado deve voltar para Rio Branco em 15 dias para a reconstituição do crime. Se condenado, a pena poderá chegar a 30 anos.