Do Repórter Popular – Rio de Janeiro
Por volta das 16 horas, manifestantes começaram a se concentrar na rua Lins de Vasconcelos, principal via do bairro do Lins, onde Kathlen, uma mulher grávida, foi assassinada por policiais militares enquanto transitava com sua avó.
O ato andou pelas ruas do Lins denunciando a prática de extermínio da Polícia Militar e ganhando muito apoio entre os que assistiam de suas janelas ou passavam de carro. Foi feito um minuto de silêncio no local em que a jovem foi assassinada.
Nesse momento, foi passado o informe de que, perto dali, no morro do São João, na localidade da matinha, um adolescente havia sido baleado no pescoço durante uma ação policial. Um grupo grande de moradores e moradoras, mais revoltados com a situação, foram até a UPP continuar protestando mesmo após a dispersão do ato. Dali, o grupo partiu para o São João, onde foram recebidos por policiais armados com fuzis.
Os manifestantes queriam fechar a rua, porém a PM impedia ameaçando reprimir o ato. Por vários momentos as pessoas conseguiram bloquear a via, mas logo eram retirados pelos policiais. Uma caçamba de lixo foi incendiada no local.
O povo pobre do Rio de Janeiro não tem nem tempo de chorar os seus mortos e de lutar por eles. No dia seguinte da barbaridade cometida pelos policiais, outro jovem inocente é baleado na região. A política do governador Cláudio Castro, do conforto de seu gabinete, não para de empilhar corpos. Diante desse cenário, a luta combativa é autodefesa. O povo negro do Rio de Janeiro quer viver!