Uma manifestação na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mostrou que o ano novo não trouxe diferença para parte da população brasileira. O protesto foi contra um novo caso de violência policial, desta vez, tirando a vida de Marcelo Guimarães, morador da região.
Marcelo era pai de dois filhos e trabalhava em uma marmoaria.
Violência da polícia é problema constante
Para o Estado, não há recesso para política de morte. Há 2 anos, em janeiro de 2019, também eram executados pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) Carlos Eduardo e Rômulo Oliveira, que tem seus rostos estampados na bandeira do movimento das Mães de Manguinhos.
O ato contou com uma homenagem a Marcelo, cujo rosto foi estampado em um grafite no local onde foi assassinado. Uma liderança da CDD comentou que pessoas famosas, quando morrem, recebem homenagens enquanto que os pobres assassinados são ignorados.
Quando alguém da classe dominante morre, vira um nome de rua, de túnel, etc. Mas os negros, que são assassinados a cada 23 minutos, não ganham nenhuma homenagem. Então, façamos nós a nossa homenagem, com nossa cultura e nossa arte. Infelizmente, vamos encher essa cidade com os rostos das vitimas do Estado. Mas não descansaremos e nem nos calaremos!
Queremos justiça por Marcelo Guimarães, por todas e todos dos nossos que tombaram sob a política de matança do Estado Capitalista. Que nosso luto se transforme em luta e organização para que um dia nossos inimigos caiam diante do poder popular, e nasça um verdadeiro ano novo.