Saúde e resistência: reativando o viveiro de farmácia viva do povo Tingui Botó

A pandemia do Coronavírus no país veio potencializar as crises de saúde e sanitária desencadeadas pela negligência criminosa dos governos, com destaque mais recente à desastrosa gestão de Bolsonaro, sua milícia e pastas que também focam na destruição das terras e queimada das florestas a serviço do agronegócio e de banqueiros. No que diz respeito às comunidades indígenas, a progressiva retirada de direitos e roubo das riquezas naturais e coletivas– a começar pela terra – vem sendo acentuados pelo desmantelamento da FUNAI e dos direitos dos povos originários.

No município de Feira Grande, agreste de Alagoas, o povo Tinguí Botó vem resistindo com sua identidade, cultura e saberes tradicionais ao longo da história. A comunidade formada por cerca de 300 famílias se organiza pela busca de direitos à educação e assistência à saúde. Em meio a essas lutas, identifica a urgência de reativar o viveiro de farmácia viva, construído há mais de cinco anos em anexo à antiga Escola Indígena Tinguí Botó – que hoje também se encontra com a estrutura física condenada pelo descaso com manutenção.

A ausência de recursos e mesmo as dificuldades sociais enfrentadas no cotidiano da comunidade terminaram por desativar o viveiro, restando ao povo Tinguí Botó buscar as plantas diretamente na mata. No entanto, com a chegada do período de seca no agreste alagoano, extrair plantas desmedidamente de uma mata castigada pelo clima já não é uma opção para o povo cuja história com a natureza é de proteção, respeito e unicidade.

Neste sentido, a reativação do viveiro, para cultivo e colheita sustentável das plantas, se coloca como a melhor alternativa. Vamos colaborar com o povo Tinguí Botó para que alcancem a quantia de R$ 2.000, de modo a consolidar a reativação de sua farmácia viva. A partir de então, será cuidada e preservada pela própria comunidade.

Através da Campanha da Luta por Vida Digna, a Resistência Popular Alagoas socializa a campanha de doação de recursos para reconstrução do viveiro de farmácia viva, e se soma à luta da comunidade que resiste no agreste do Estado.

É preciso saúde para resistir! E enfrentamento para reivindicar pelo direito à saúde!

Para contribuir, basta efetuar depósito direto para a comunidade Tingui Botó. Segue os dados:

Banco: Caixa Econômica Federal
Agência 3209 Conta Corrente: 31712-0 OP: 001
Nome: Vivia Maria Campos