O controle da rede

A obsessão-compulsão pelo poder no mundo terreno conta com seu fiel reflexo no mundo digital.

Rafael Robles – professor de Filosofia

Texto publicado na revista Libre Pensamiento (vinculada à CGT Espanhola) na edição 81, invierno 2014/2015 – Dossier: Impactos de las nuevas tecnologías sobre el control de nuestras vidas

É impossível se esconder da controladora natureza humana que, através das instituições que a representam, deseja controlar seu entorno para exercitar o prazer de sentir-se poderoso e satisfazer a vaidosa aspiração de se impor aos demais e de ordenar a realidade segundo suas vontades. 

Uma das obsessões recorrentes nos seres humanos consiste em controlar o próximo, algo que de forma concreta se pode comprovar estudando os programas dos partidos políticos, desenhados, principalmente, em torno de conceitos precisos para facilitar que o outro se submeta à vontade de um. Compreende-se e se tolera, portanto, que liberais, conservadores, sociais-democratas, fascistas e comunistas fiquem obcecados pelo controle, não importa o quanto mintam para a liberdade, e assim o expressem em suas intenções de governo: “controlarei para que os ricos não controlem”, “controlarei para que os pobres não controlem”, “controlarei para que os mercados não controlem”, “controlarei para que os anarquistas não controlem”, “controlarei para que os que controlam não controlem”, ad nauseam. Deste modo é impossível se esconder da controladora natureza humana que, através das instituições que a representam, deseja controlar seu entorno para exercitar o prazer de sentir-se poderoso e satisfazer a vaidosa aspiração de impor-se aos demais e de ordenar a realidade segundo suas vontades.

Essa obsessão-compulsão pelo poder no mundo terreno conta com seu fiel reflexo no mundo digital, onde os zeros e uns se combinam de forma tal que silenciem o subversivo e animem o moralista – ou vice-versa – que aterrorizem o filósofo e premiem o sofista – ou vice-versa – que aniquilem quem desvenda verdades indigestas e sorriam ao politicamente correto – ou vice-versa – que silenciem o contestador e consintam o conformista – ou vice-versa – ad libitum. É assim que os mundos digitais se encontram infectados de código escrito por programadores que tratam – tratamos – por ação ou omissão, de controlar os zeros e uns do próximo. Como na própria vida.

Uma vez plantada a premissa da imagem espelhada entre ambos os mundos, dispomo-nos a refletir sobre as batalhas e os conflitos que nestes momentos estão acontecendo na rede e que violentam a organização horizontal que muitos de nós ingênuos pensávamos que ia ser a bandeira de conexão da rede de redes. 

O poder ideológico da rede

Afirmam os teóricos políticos que existem três formas fundamentais de poder, a saber, o poder econômico, o ideológico e o político. Mesmo correndo o risco de generalizar e solapando os inevitáveis matizes, inclino-me a afirmar que aproximadamente desde há uma década se luta pelo poder ideológico unicamente online e é por isso que os outros poderes – o econômico e o político – se esforçam por aniquilar seu ousado e recém-chegado competidor sabendo que quem controla a rede, em definitivo, controlará o poder ideológico. É bastante arriscado para o financista e o político que, por exemplo, um cidadão anônimo ou uma cidadã possa despertar na rede simpatias ideológicas em grande parte da população que, eventualmente, arrisque a estabilidade dos assentados poderes econômicos e políticos; ambos recordam que a origem do seu poder, por antigo que seja, bem podia ter sido tomado de assalto (não por consenso) e cientes de que não seria absurdo supor que poderiam ser assaltados de volta através da rede e assim perder sua posição/cadeira de privilégio financeiro e político. Eles devem saber que a rede não é inocente e que a partir dela eles poderiam ser destronados.

Deste modo, a internet é a desejada sede das estruturas intelectuais e culturais que influem sobremaneira em assuntos tais como a moral, a educação, a religião e, inclusive, o direito. Por exemplo, uma simples campanha de assinaturas virtuais é capaz de retirar propostas legislativas como a referente ao aborto, ou pressionar a conformação de uma lei educacional, da mesma forma um aborrecimento bem orquestrado pela rede pode criar novas religiões como o pastafarismo e radicalizar outras como o sunnismo, através da qual o Estado Islâmico (ISIS) trata de dar coesão a sua aberrante intenção de islamizar as terras que consideram suas. Também são numerosos os exemplos de memes (o mecanismo, segundo Richard Dawkins, com o qual se estende a ideologia independentemente de sua racionalidade) espalhados online com tanta virulência ou mais que o melhor dos argumentos. E é aí que a internet é um terreno fértil para o relativismo, porque nela confluem milhões de sensibilidades convencidas de sua própria verdade e com possibilidades similares de se impor aos demais, o que dá jogo à liquidez baumaniana a qual determina que o que hoje é inquestionável amanhã pode se converter em uma farsa, e vice-versa, e imponha assim a tirania do pensamento débil, contrário ao mais decente pluralismo epistemológico não relativista.  

Portanto, hoje em dia a cidadania (incluída a dos países em vias de desenvolvimento que, como mostram os indicadores comprovados e não as opiniões infundadas, já vão resolvendo suas necessidades primárias, o que os conduz a saciar necessidades secundárias como a de informar e se informar) acessa as ferramentas para influenciar e transformar-se desta maneira em twittercratas e facetiranos, em repuwikanos e aristobloggers; além disso a capacidade de influência não necessita de capital senão de uma simples redação de um discurso engenhoso ou uma concatenação de frases afortunadas que se conectem com os internautas, o que explica que o poder político acaba surgindo das redes, como em grande medida apareceu o Podemos e que também permite fortalecer organizações como CGT

É neste contexto onde se produz uma luta de classes simbólica, como a mencionada por Bourdieu sobre os produtores de símbolos profissionalizados que conseguem que a gente aceite uma cosmovisão não baseada nas palavras (por exemplo os twits ou as correntes de whatsapp) mas nos leitores de mensagens que reconhecem a legitimidade dos que escrevem. Não nos esquecemos também que novas formas de poder financeiro surgem da rede, como Facebook e Google, já reconvertidas surpreendente e inquietantemente em entidades financeiras.

Por outro lado, argumentam também os teóricos políticos que os dois componentes fundamentais do poder são a influência e a coação. É claro que o poder político e o econômico se destacam, ante aos outros, por sua capacidade de influenciar a conduta das pessoas e, se estas não se submetem, deverão enfrentar coações. Resta dizer que o poder ideológico que circula pela rede também é profundamente influente e coercitivo: quem conta com milhares de seguidores (followers) nas redes sociais será contratado pelo poder financeiro como marcador de tendências (influencer), e quem se desvia do discurso politicamente correto sofrerá ameaças, insultos e coações por parte de uma massa protegida pelo anonimato, sem falar das unidades de segurança telemática de todos os governos do mundo, democráticos ou totalitários, que velam pelos interesses dos seus Estados ou de suas respectivas castas. Para ilustrar com um exemplo, recordemos que um dos maiores acionistas do Twitter não é nada menos que Al-Waleed bin Talal, membro da família real da Arábia Saudita, onde obviamente os Direitos Humanos estão comprometidos. 

Google vs Wikileaks

Desta maneira, dependendo de como você tenta organizar online os referidos “cinco poderes do poder” – a saber, o poder político, o financeiro, o ideológico, respaldados pela influência e a coação – assim se determinará o futuro da internet. E parece muito claro que o futuro da rede está marcado, em última instância, por duas linhas incompatíveis e irreconciliáveis: a da liberdade e transparência absoluta com conotações anarquistas, ou da hegemonia estadunidense que, também em nome da liberdade, impõe ao resto do mundo sua democracia liberal. Ou seja, está em jogo a visão noo a qual representa Julian Assange e a avassaladora torrente informativa que ele facilita com o Wikileaks, ou aquela que o Google cria quando se torna figura de proa da política internacional estadunidense, como bem explicado no livro When Google Met Wikileaks (quando o Google conheceu o Wikileaks).

Google – e pluribus unum – representaria algo assim como (vocês saberão perdoar minha arriscada comparação) o espírito hegeliano do povo norteamericano e dos milhões de seres humanos que o admiram e o desejam por todo o planeta, principalmente entre a juventude universitária e os estamentos ilustrados dos países que sofrem por seus déspotas totalitários; por outro lado, Wikileaks – fiat iustitia et pereat mundus – simboliza o espírito rousseauniano do homem bondoso que pensa que a rede sem controles coloca as pessoas em uma espécie de estado de natureza; a sociedade ou, melhor, a socialização da rede mediante controle, eles devem pensar, é o que corrompe a bondosa natureza humana. A hegeliana Google frente à rousseauniana Wikileaks travam nestes momentos uma grande batalha dialética à espera da síntese definitiva que determine nossa maneira de nos comportar na internet: ou transparência total, ou transparência sempre que não prejudique os interesses dos Estados Unidos e seus aliados (isso explica por que percebem como hostis as taxas que a Europa impõe ao buscador dos buscadores).

Porém, o principal inconveniente das aspirações universalistas do Google é que será incapaz de impor um uso legítimo da força (ou seja, da força de seu algoritmo, que cria umas castas e invisibiliza ou destrói outras) porque, parafraseando Weber, determinada força só se pode ser utilizada em um território bem determinado; hoje em dia, o planeta é o único território onde existem zonas em que é legal e legítimo coagir e influir em nome da liberdade ocidental, porém não em nome de outras. 

Dado que o Estado perdeu seu papel preponderante, é muito arriscado lançar a primeira pedra em nome da liberdade usaestatal googliana e abrir a caixa de Pandora da escalada de tensões cuja espiral de violência poderia ser catastrófica. Se um tirano não aparece no Google, ou se só se encontram más notícias sobre ele, nós enfrentaríamos, talvez, a interpretação de um casus belli pelo enorme potencial destrutivo-construtivo que possui essa informação para despertar antipatias, avivar revoltas e alimentar golpes de Estado. 

Por outro lado, a proposta do Wikileaks é a da verdade pura, dura e doa a quem doer. A verdade, pensam, nos fará livres e a veracidade sem tabus é o primeiro passo para a convivência pacífica, como o de um matrimônio que decide lançar seus segredos mais íntimos e mais inconfessáveis às claras para repensar e dar escape a sua relação: ou se fortalece a relação, ou se destrói; ou tudo, ou nada. Em busca desta verdade Julian Assange arriscou sua vida saindo da caverna platônica, porém está enfrentando dificuldade em voltar a ela para contar a boa nova, porque as massas parece que vivem muito bem entre as sombras e não desejam ser molestadas ou, quando menos, elas acham indiferente ser consciente das manipulações do poder estabelecido. Sua proposta é que conhecendo os podres de todos os Estados a humanidade conviverá de forma mais justa. Afinal de contas ambas organizações parecem conhecedoras do pensamento de Manuel Castells quando afirma que “a resistência é somente uma reação à exclusão das redes mundiais dos fluxos de capital e de informação”: Google e Wikileaks parece que querem decidir quem são os excluídos e os incluídos. 

Em qualquer caso, hoje em dia o poder ideológico, como já adiantamos, é determinado pelo Google que, com seu algoritmo, decide quem é casta e quem é pária, ou seja, quem é visível e quem não é, quem vende e quem não, quem é lido pelas massas e quem é ignorado por elas, quem é votado e quem não é, quem triunfará e quem jamais o fará, em definitivo: quem tem a melhor reputação online. No entanto, a absoluta transparência que propõe o Wikileaks desperta, também, muitos ressentimentos porque não é aceitável que o mundo conheça a informaçao sensível que, mantida em segredo, serve para capturar um capo da máfia ou destituir um tirano, salvar mulheres sequestradas em nome de um Deus inexistente ou prender a um ladrão de colarinho branco. 

O que parece claro é que ambas as concepções de rede, a do Google e a do Wikileaks, possuem o mesmo objetivo ainda que por diferentes meios. Ambas parecem simpatizar com, por exemplo, a juventude chinesa que luta contra os comportamentos antidemocráticos de suas autoridades, também com os ocidentais herdeiros do movimento 15M que se manifestam contra as máfias financeiras e a estirpe política que se soma a elas, e, “como não!”, com os jovens “contaminocidentalizados” que detestam suas castas fundamentalistas islâmicas, suas hierarquias completamente machistas e seus corruptos dirigentes democraticidas. E é aí que o know how está nas mãos das e dos jovens rebeldes, democratas e ilustrados do mundo que se nutrem tanto pelo Google quando pelo Wikileaks. 

Não obstante, não está claro se Google ou Wikileaks censurariam em nome da liberdade ou da transparência a chamada deep web mas, se assim for, onde estaria a liberdade para se comunicar sem medo de sermos coagidos por tratar assuntos delicados? Como ser transparente se a dita trasparência acabaria com a liberdade de expressão no momento em que se adicionam interlocutores inválidos por seu desejo de destruição e suas intenções turvas? Além disso, se a deep web pudesse ser um incentivo à liberdade não é menos certo que ali existe um crescente mercado de armamento, de drogas e de comportamentos criminosos; possuem sua própria moeda, o inofensivo e popular bitcoin, sem vestígios, o qual não deixa de ser uma ameaça porque facilita, por exemplo, a fuga de capitais, a ocultação de movimentos financeiros turvos e a acumulação de riquezas em poucas mãos. Se a democracia é, antes de tudo, trasparência, uma rede obscura representa muitos problemas atualizando o dilema de Isaiah Berlin com sua diferenciação entre “liberdade positiva” e “liberdade negativa”. É certo que uma rede oculta nos livra do tédio dos cookies, da publicidade personalizada e de possíveis intromissões mal-intencionadas, porém o preço a pagar é facilitar a comunicação para os criminosos. Como se poderia resolver esse problema? 

Por nos complicarmos mais em nossa distopia o Asno de Buridán morreria de fome diante de três pilhas de feno que combinem a quantidade de transparência e liberdade: uma internet transparente e livre; outra não transparente e livre, e outra terceira transparente e não livre; todas contam com vantagens e desvantagens na mesma proporção. 

Lugar à parte merece o caso especial de personalidade controladora como é a do troll. Longe de ser um assunto trivial, o troll é capaz de ganhar a batalha na internet. Valendo-se de intimidação e armadilhas, podem destruir a liberdade de expressão daqueles que são objeto de sua ira. Mas, é claro, se começarmos a controlar o troll, uma ladeira escorregadia nos levaria a aniquilar o anonimato na rede, aspecto fundamental em países onde não são respeitados os Direitos Humanos. Embora os trolls possam ser processados juridicamente no mundo real, parece claro que é inútil. Portanto, o Wikileaks e o Google deveriam fazer o jogo dos trolls em nome da transparência e da liberdade? 

Software de Controle

De qualquer maneira, seria preciso descartar, por nefasta, perigosa e imoral, uma quarta possibilidade, a qual consiste em uma internet nem livre e nem transparente. Neste sentido, programas de mineração de dados como o PRISM, Thinthread, Xkeyscore, etc, podem ser utilizados para incrementar a transparência de toda informação ou somente uma parte cuidadosamente filtrada, bem como para aumentar a liberdade de expressão da população ou para contê-la e limitá-la a uns poucos privilegiados. Sua tarefa fundamental é nos livrar da “infossaturação” prevista por Alvin Toffler, porém é óbvio que cortar as barbas da informação para fazê-la mais compreensível ou para poder difundi-la implica o enorme risco de ela ser manipulada. Editar já é manipular. 

Portanto, não vamos culpar o software que ajuda a selecionar a informação mas as organizações que o utilizam com fins corporativistas já que o único critério sobre a bondade ou não do software de controle estaria na sua compatibilidade com a democracia. Somente uma internet que surge e vai sendo construída dia a dia por meio de processos democráticos poderá ser mantida democrática a longo prazo; como dizia Aristóteles ao relacionar a virtude com o hábito. Pois a prática democrática constante é a única capaz de conter outras formas de poder mais turvas, provavelmente bem intencionadas, porém que supõem uma ameaça para a dignidade da pessoa e sua capacidade de se empoderar. 

Assim, a chamada democracia 2.0 será plausível se hackers mal-intencionados não intervierem – mas um hacktivismo comprometido com a democracia – nem Estados sabotadores, sendo normal que ambos despertem suspeitas em processos digitais de participação política como os que propõe a CGT, Podemos e outras organizações assembleárias: os hackers, os detentores de know how, os novos tecnocratas reconvertidos em softwarecratas, e todo tipo de trolls poderiam fraudar eleições, decidir líderes e marcar tendências nem sempre democráticas. 

Conclusão

A internet é um grande povo sem Estado, é inclusive uma enorme nação unificada sob o desejo de se comunicar para além da língua, da raça ou da tradição cultural à qual se pertença e que, inclusive, catalisa forças solidárias. Neste sentido é que, como escreveu John Gledhill em O Poder e seus disfarces, “o mundo dos povos sem Estado, como o conhecemos etnograficamente, pode ser extremamente violento: um mundo de guerras, assassinatos e torturas. A ausência de instituições civis do Estado e de líderes comunitários autorizados nem sempre garante a igualdade”. À luz do que foi dito surgem questões como: uma rede sem controle seria violenta? Serão o Google e o Wikileaks os garantidores da estabilidade social devido, de certo modo, à sua vocação de se estabelecerem como algo parecido com um Estado Global? Que relações hierárquicas e simbióticas acabarão tendo ambas organizações, dado que o Wikileaks deve grande parte de seu poder a sua aparição em resultados do Google e, certamente, Wikileaks lança centenas de documentos sobre o grande buscador?

Além disso, ainda que os avanços sociais sejam surpreendentes e nos encham de otimismo, a maioria da humanidade ainda segue sem ter acesso regular à internet, então a exclusão digital lhes transformará em mais controlados que nunca por sua incapacidade de se fazer escutar. Este risco de submissão absoluta é a razão fundamental do porquê o acesso à internet deveria aparecer em todas as constituições e converter-se em um ponto adicionado ao artigo dezenove da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aquele que advoga pela liberdade de expressão e de opinião. De nada servirá a liberdade e a transparência, de orientação googleana ou de orientação wiklilíquica, se não houver acesso de qualidade e regular para expressar-se por meio da rede global.

Embora seja verdade que a internet nasceu como uma potente e profunda estrutura horizontal, e assim deveria seguir sendo, em um mundo em que as elites econômicas e os lobistas são os que determinam a política, como demonstraram Gillens e Page, a liberdade internáutica corre um sério perigo o qual não deveriam resolver sozinhos Google e Wikileaks, é necessária a participação de mais interlocutores, mas quem possui seu gigantesco poder de influência e de coação? À espera de que se unam outras organizações, ainda não sabemos se triunfará a filosofia do Google ou se melhor o fará a do Wikileaks, e nos veremos obrigados a fechar um acordo tácito com uma delas apesar de que desde há muitos séculos sabemos que pacta sunt servanda (somos escravos do que pactuamos). 

Enquanto isso, seguiremos atentos aos possíveis perigos que o futuro imediato nos prepara com o perturbador controle dos drones, o preocupante controle da condução com Google Car e o inquietante controle da computação quântica; porém isto já é um tema muito diferente, porque supõe a aparição de um novo mundo, de um homus novus e portanto de novas e refinadas formas de controlá-lo, as quais não são objeto deste artigo.

 

Tradução: Felipe Suna

Revisão: Dennis Tupiassú