LAUREATE E UNIRITTER DESCUMPREM MEDIDA JUDICIAL, DEMITEM PROFESSORES E PRECARIZAM A EDUCAÇÃO

            A UNIRITTER, universidade da rede Laureatte Universities, anunciou hoje a decisão unilateral de alteração das grades curriculares de diversos cursos, além da demissão de mais de trinta professoras(es).


Foto: Luciane Fredes da Fontoura / Arquivo Pessoal

             Segundo as(os) docentes demitidas(os), a atitude da Universidade se encaixa dentro de uma série de medidas que já vem sendo tomadas há pelo menos dois anos, que vão desde diminuição das cargas horários, do número de professoras(es) e aumento das atividades de Ensino à Distância (EAD).

          No início deste ano, o Sindicatos dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (SINPRO/RS) havia ganho uma ação judicial que questionava justamente as tentativas de alteração do número de horas por turno. A vitória do Sindicato proibiria a Universidade de agir no sentido de demitir professores para sobrecarregar os demais.

            As demissões e as alterações de currículo foram anunciadas à comunidade acadêmica de forma virtual, sem diálogo com as(os) estudantes e envoltas em incerteza.

        Segundo a UNIRITTER, as alterações se dão em resposta à busca por “melhores práticas e atualização contínua” e são uma ordem da Laureate International Universities, a empresa estadunidense que é dona da rede mantenedora da Universidade.

          Tanto o Sindicato dos Professores quanto os estudantes da Universidade entendem que reduzir horários, demitir funcionárias(os) sem nenhuma justificativa e alterar os currículos pode precarizar o ensino e comprometer o processo de trabalho e de formação da comunidade. Na manhã e tarde de hoje (15), alunas(os) ergueram cartazes e mobilizaram seus colegas para protestar contra o que entendem como desmonte da Universidade.

            O SINPRO/RS anunciou que vai entrar com nova ação judicial questionando a atitude da rede, defendendo as(os) docentes demitidas(os) e as(os) que seguem contratados. As(os) alunas(os) seguem mobilizadas(os) em defesa do ensino de qualidade.

Guilherme Ulema, militante da Resistência Popular Estudantil