Educadores denunciam casos de Covid-19 nas escolas municipais de Maricá

Por Repórter Popular – Maricá (RJ)

Notícia atualizada em 27/07/2021

As aulas presenciais em Maricá (RJ) foram retomadas no início de julho, com os profissionais da educação apenas com a primeira dose da vacina. Em resposta a essa postura, o sindicato da categoria decretou greve das atividades presenciais, denunciando que não há protocolo seguro ao retorno, que não seja, a vacinação integral da categoria e da comunidade escolar.

Poucas semanas depois da abertura, educadores denunciam que já há casos de covid-19 na rede municipal e que a reação aos casos é completamente ineficiente.

Na Escola Municipal Anísio Teixeira, localizada no Jardim Atlântico Central, distrito de Itaipuaçu foram relatados a nossa reportagem, cinco casos de covid de educadores, em apenas uma semana de aulas presenciais. Além da Anísio, há casos de covid confirmados em mais seis escolas, na escola Darcy Ribeiro, C.A.I.C, João Monteiro, Pindobas, Alcebíades Afosno Viana e Municipalizada de Inoã.

A única medida adotada pelas escolas, foi colocar as turmas atendidas pelos professores em regime remoto, mas as escolas seguem funcionando com as aulas presenciais.

Também circula nos grupos de zap, a denúncia, que mesmo com testes positivos para casos de covid nas escolas dos professores, tais relatos não estão sendo comunicados a equipe escolar. Há pressão de algumas direções escolares, para que os casos não “vazem”. Educadores relatam o medo de se contaminarem e transmitirem a covid para colegas, alunos e pais de alunos, já que mesmo com a primeira dose da vacina, ainda é possível transmitir o vírus. A imunização completa se dá apenas com a 2a dose.

Neste sentido, educadores farão uma vigília em frente a porta da prefeitura na próxima terça-feira (27/07) para pressionar o poder público a atender as demandas da categoria, numa audiência acordada no último ato da categoria.

O retorno das aulas presenciais na rede municipal de Maricá caminha na contramão das recomendações científicas. Até quando essa situação seguirá desta forma? Quantos mais se contaminarão?