Carta denuncia processo autoritário contra alunos da Unesp – Marília

Estudantes da Universidade Estadual Paulista – Unesp de Marília estão passando por um processo de repressão por lutarem por seus direitos. Ao todo, são 35 estudantes que estão sofrendo um processo administrativo, totalmente autoritário e com caráter político e persecutório ao Movimento Estudantil e suas táticas de luta. Para lutar contra esse autoritarismo, os alunos escreveram uma carta, na qual explicam os fatos que levaram até o processo.

Entre os anos de 2014 e 2016, houve uma ocupação das salas de aula da Universidade pelo 4º Movimento de Ocupação por Moradia. Entre as reivindicações estavam desde reformas estruturais, consertos de vazamento de gás até construção de novas moradias.

Quase dois anos depois da ocupação, no mês de julho deste ano, a Direção da Universidade convocou 21 estudantes para uma reunião. Sem saberem do teor do encontro, os estudantes foram informados que a partir de um processo de apuração de fatos, que culminou na abertura de um processo de sindicância, foram identificados como participantes do “trancaço”. Por conta disso receberiam uma repreensão, medida punitiva prevista no regimento da Universidade, e seriam retirados do processo sindicante após assumirem a culpa sem direito de defesa. Outros 14 estudantes poderiam sofrer penalidades ainda mais graves por reincidência.

Mesmo sem ter participado da apuração dos fatos e sem saber do teor dos processos, o grupo foi intimado a assinar um documento no qual assumiria agressões físicas e verbais, dentre outras infrações. Confira a carta na íntegra: http://dceheleniraresende.blogspot.com.br/2017/07/35-estudantes-sao-sindicados-na.html